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Avião de líder do Wagner estava sem manutenção da Embraer por causa de sanções
As sanções contra a Rússia se intensificaram em 2019, levando a suspensão do suporte da Embraer
O avião Legacy, que caiu e matou o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, não recebia manutenção por parte da fabricante brasileira Embraer deste 2019 por causa de sanções internacionais.
A queda do avião aconteceu nesta quarta-feira 23 e matou o líder do grupo russo. Segundo nota enviada pela Embraer, a “empresa tem cumprido as sanções internacionais impostas à Rússia, levando à suspensão do serviço de suporte ao avião desde 2019”.
As primeiras sanções internacionais contra a Rússia por causa de disputas territoriais com a Ucrânia foram impostas em 2014. As sanções se intensificaram em 2019, levando a suspensão do suporte da Embraer.
Ainda no comunicado à imprensa, a Embraer disse que até o momento não tem maiores informações sobre o caso. Prigozhin, estava em um avião do modelo Legacy 600 que caiu durante o trajeto entre Moscou e São Petersburgo.
O jato foi fabricado há 16 anos e já tinha passado por operadores na Eslovênia, Áustria, Turquia e na Ilha de Man, antes de ser vendido ao Grupo Wagner. O modelo chega a custar US$ 8,7 milhões (cerca de R$ 42,4 milhões).
Relembre histórico de tensões
A queda do avião ocorreu exatos dois meses após Prigozhin liderar uma rápida rebelião contra a cúpula do Exército russo.
Naquela sexta-feira 23 de junho, o líder do Wagner anunciou a ocupação do quartel-general em Rostov, um centro nevrálgico das operações na Ucrânia, e garantiu controlar várias instalações militares.
Pouco antes, Prigozhin havia acusado o Exército de bombardear suas bases na retaguarda do front com a Ucrânia, provocando “um grande número” de vítimas entre os seus combatentes.
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