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Auditoria nas urnas foi contratada por insistência do governo Bolsonaro, diz Valdemar à PF

O presidente do PL, partido de Jair Bolsonaro, afirmou que ‘nunca teve problema com a urna eletrônica’

Foto: Mateus Bonomi/Agif/AFP
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O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou à Polícia Federal ter contratado uma empresa para fiscalizar as urnas eletrônicas por “insistência do governo” de Jair Bolsonaro (PL). A informação foi divulgada pelo site Metrópoles, que obteve acesso ao depoimento.

Ele foi intimado a depor, neste mês, após dizer que “todo mundo” tinha em mãos uma minuta golpista semelhante à que foi encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

“[Valdemar afirmou] que contratou uma empresa para fiscalizar a eleição; que nunca duvidou das eleições; que nunca teve problema com a urna eletrônica; que, pela insistência do governo, contratou uma empresa de técnicos do ITA para fiscalizar o processo das urnas”, diz um trecho da oitiva. “Que, quando chega em um certo momento das eleições, falaram que tinham uma dúvida acerca de possíveis problemas com as urnas, pois 60% das urnas eram velhas; que o Bolsonaro só estava perdendo as eleições nas urnas velhas.”

Apesar das alegações, o PL acionou o TSE em novembro e pediu a invalidação de parte dos votos do segundo turno da eleição presidencial. Além de rejeitar a solicitação, a Corte estabeleceu uma multa de 22,9 milhões de reais. Para o presidente da Justiça Eleitoral, Alexandre de Moraes, o objetivo da ação era “incentivar movimentos criminosos e antidemocráticos que, inclusive, com graves ameaças e violência vêm obstruindo diversas rodovias e vias públicas em todo o Brasil”.

Neste mês, o PL quitou a multa e voltou a ter acesso às suas contas e ao Fundo Partidário.

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