A Justiça Federal homologou, nesta terça-feira 11, um acordo de indenização celebrado entre a Advocacia-Geral da União e a família do catador Luciano Macedo, morto por militares em abril de 2019, no Rio de Janeiro.
A conciliação mediada pelo órgão garantiu um pagamento de 841 mil reais para a mãe e as irmãs de Luciano.
“Demonstrando louvável sensibilidade social, o Estado brasileiro reconhece, no acordo efetuado, a sua responsabilização civil, com reparação imediata aos familiares da vítima que figuravam como autores da demanda”, assinala o procurador-regional da União da 2ª Região, Cláudio José Silva.
O acordo acelerou o processo de pagamento, evitando a interposição de recursos por parte do Estado.
“Sabemos que a vida de um familiar não tem preço, mas acreditamos que o fim amigável e consensual de um litígio judicial é uma etapa importante não só para fazer justiça, mas para a tão necessária pacificação da sociedade”, acrescenta a procuradora nacional da União de Negociação, Clara Nitão.
Em 2021, oito militares do Exército foram condenados pelas mortes do músico Evaldo Rosa e de Luciano Macedo, no caso que ficou marcado pelos 80 tiros de fuzil que atingiram o carro em que o cantor estava com a família. Macedo foi alvejado após tentar prestar socorro às vítimas.
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