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‘A Petrobras não colabora com nada’, diz Bolsonaro sobre preço dos combustíveis

Nos últimos dias, o presidente tem pressionado a empresa a segurar os reajustes

Foto: EVARISTO SÁ/AFP
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O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar, na terça-feira 15, a política de preços da Petrobras, que anunciou uma alta de 18,8% na gasolina, de 24,9% no diesel e de 16,1% no gás de cozinha.

Em entrevista à TV Ponta Negra, do Rio Grande do Norte, o presidente chegou a afirmar que a empresa “não colabora com nada”.

“O petróleo chegou a 135 dólares na semana passada, agora caiu e está em 100. A gente está esperando, inclusive, ter um retorno da Petrobras para rever estes preços que foram absurdamente majorados na semana passada”, disse o ex-capitão. “Qualquer nova alta a gente vai desencadear, de nossa parte aqui, o processo para que o reajuste não chegue na ponta da linha para o consumidor. É impagável o preço dos combustíveis no Brasil. E lamentavelmente a Petrobras não colabora com nada”.

Nos últimos dias, o presidente tem pressionado a empresa a segurar os preços dos combustíveis. Segundo Bolsonaro, a Petrobras poderia ter esperado para fazer o anúncio do reajuste, uma vez que o governo publicou na própria sexta de noite, no Diário Oficial da União, um projeto que muda regras na cobrança do ICMS com a promessa de baixar os valores.

“O reajuste da Petrobras não é de responsabilidade nossa, é exclusiva da Petrobras”, disse em evento no Palácio do Planalto. “Por um dia, se a Petrobras tivesse esperado, teríamos apenas um aumento de 30 centavos no preço do diesel, e não um pouco mais de 90 centavos. A gente espera que a Petrobras acompanhe a queda de preços lá fora. Com toda a certeza ela fará isso daí.”

Antes mesmo do anúncio do reajuste, após declarações do adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro reclamou política de preços e deu sinais de que pode demitir Silva e Luna. No fim de semana, ao ser questionado sobre a possibilidade de dispensa, informou que, em seu governo, qualquer um poderia sair.

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