Justiça

STF confirma aposentadoria compulsória de desembargador por direcionamento de sentenças

Washington Ribeiro, 56 anos, foi alvo da Operação Injusta Causa, da Polícia Federal

STF confirma aposentadoria compulsória de desembargador por direcionamento de sentenças
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Fellipe Sampaio/SCO/STF
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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal manteve a determinação que aposentou compulsoriamente o desembargador Washington Gutemberg Pires Ribeiro, do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (Bahia), por assédio e coação a magistrados para direcionar decisões conforme seus interesses privados.

O julgamento ocorreu no plenário virtual do colegiado entre 29 de novembro e 6 de dezembro. A defesa do magistrado ainda não se manifestou sobre o resultado. O espaço segue aberto.

Ribeiro, 56 anos, foi alvo da Operação Injusta Causa, da Polícia Federal, que mirou cinco desembargadores sob suspeita de integrarem um esquema de venda de decisões judiciais e tráfico de influência no TRT-5. Nascido em Gentio do Ouro (distante cerca de 600 quilômetros de Salvador), o magistrado chegou à Corte em 2015.

Ao aposentá-lo compulsoriamente, o Conselho Nacional de Justiça afirmou que suas condutas eram “incompatíveis com a dignidade, a honra e o decoro das funções judiciais”. O comportamento do desembargador, ainda segundo o CNJ, “desmente condições para continuar na magistratura, pois a permanência contribuiria ao enorme descrédito ao Poder Judiciário”.

Ribeiro recorreu ao STF para anular a decisão, mas os ministros da Primeira Turma consideraram que o recursou demonstrou apenas seu “inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional”.

O colegiado ainda decidiu multar o desembargador pelo fato de seu apelo ser “manifestamente incabível”. A relatora do caso foi a ministra Cármen Lúcia.

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