Justiça condena Thiago Brennand a 10 anos de prisão por estupro

Preso desde o ano passado, o empresário Thiago Brennand foi condenado a dez anos e seis meses de prisão pela Justiça de São Paulo no caso que envolve o estupro de uma mulher em 2016. A sentença, revelada pelo jornal Folha de S.Paulo, foi assinada na segunda-feira 16. O processo tramita sob sigilo.

Brennand, que cumpre pena no Presídio de Tremembé, nega as acusações. Ele já foi considerado culpado em outros três processos por violência contra mulheres – as penas, somadas, chegam a 30 anos de prisão. O advogado Roberto Podval, que defende o empresário, disse à reportagem acreditar que as condenações “serão revertidas nos tribunais”.

A ação está na Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a mulher. A sentença afirma que a vítima de Brennand sofreu múltiplos estupros ao longo de três semanas.

Os dois teriam se conhecido por meio do Instagram e marcado um encontro. Inicialmente, de acordo com informações do processo reveladas pelo jornal, a mulher quis ter relações sexuais com o acusado, mas logo percebeu seu comportamento agressivo e tentou escapar. Foi quando Brennand começou a violentá-la sexualmente, inclusive gravando os atos.

A estratégia, de acordo com o Ministério Público, seria chantagear a vítima para que ela mantivesse relações sexuais com ele. Caso se negasse, os vídeos poderiam ser expostos nas redes sociais. Em seu depoimento, a mulher afirmou não ter denunciado os espisódios de violência por medo de que sua filha tivesse acesso às gravações.

O estupro só foi denunciado quando outras acusações contra Brennand vieram à tona. Alvo de diversos processos criminais, o empresário responde por crimes sexuais, lesão corporal, cárcere privado e corrupção de menor. Na primeira condenação, foi considerado culpado por estuprar uma norte-americana, em julho de 2021.

Depois, o TJ paulista puniu Brennand com um ano e oito meses de prisão no caso da agressão contra a modelo Helena Gomes em uma academia de luxo. A mais recente condenação envolve a denúncia de uma massagista que disse ter sido coagida a fazer sexo sem camisinha e depois sido perseguida por ele. Brennand recebeu sentença de oito anos de prisão neste caso.