Justiça

PSOL pede a Moraes a prisão preventiva de Mourão por discurso após operação da PF

Para a sigla, o ‘golpismo’ do senador representa um risco concreto à ordem pública

PSOL pede a Moraes a prisão preventiva de Mourão por discurso após operação da PF
PSOL pede a Moraes a prisão preventiva de Mourão por discurso após operação da PF
O senador Hamilton Mourão em discurso no plenário em 8 de fevereiro de 2024. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
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A bancada da Federação PSOL/Rede na Câmara dos Deputados enviou nesta quinta-feira 8 ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, uma petição na qual defendem a prisão preventiva do senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) por supostamente incitar as Forças Armadas e a Justiça Militar contra o presidente Lula (PT) e o governo.

A solicitação surge após o ex-vice-presidente se manifestar no plenário do Senado e nas redes sociais sobre a operação da Polícia Federal deflagrada para investigar a tentativa de golpe de Estado em 2022. As diligências foram autorizadas por Moraes – clique aqui para ler a decisão.

A peça enviada ao STF cita dois trechos das manifestações de Mourão:

no plenário: “A mera observação da precipitação dos acontecimentos, cada vez mais traumáticos, indica a possibilidade (…) de um confronto de gravíssimas consequências”;

– no X: “Uma devassa persecutória é o que estamos testemunhando, hoje, no Brasil. Não podemos nos omitir, nem as Forças Armadas, nem a Justiça Militar, sobre esse fenômeno de desmando desenfreado que persegue adversários e que pode acarretar instabilidade no País”.

“É evidente que o senador Hamilton Mourão – e seu golpismo, mais do que provado nesta petição – causam concreto risco à ordem pública, posto que seu ato visa insuflar a base bolsonarista, cada vez mais radicalizada”, argumentam os deputados no pedido ao STF.

Eles também pedem que Moraes determine uma investigação e autorize a quebra dos sigilos telefônico e telemático de Mourão.

Assinam a petição os deputados do PSOL Erika Hilton (SP), Guilherme Boulos (SP), Fernanda Melchionna (RS), Tarcísio Motta (RJ), Célia Xakriabá (MG), Chico Alencar (RJ), Glauber Braga (RJ), Pastor Henrique Vieira (RJ), Ivan Valente (SP), Luciene Cavalcante (SP), Luiza Erundina (SP), Sâmia Bomfim (SP) e Talíria Petrone (RJ). Túlio Gadêlha (Rede-PE) também endossa a manifestação.

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