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Presidente de Belarus assina lei que lhe dará imunidade vitalícia

A lei de Alexander Lukashenko também proíbe líderes da oposição exilados de concorrer nas próximas eleições presidenciais

Presidente de Belarus assina lei que lhe dará imunidade vitalícia
Presidente de Belarus assina lei que lhe dará imunidade vitalícia
Alexander Lukashenko informa desconhecer o paradeiro do líder do grupo Wagner Foto: Alexander NEMENOV / AFP
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O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, assinou uma nova lei que lhe concede imunidade vitalícia conta processos criminais, além de proibir opositores exilados de concorrer as eleições presidenciais.

A lei, que, na teoria, seria aplicada para todos os ex-presidente e membros de suas famílias, somente beneficiará Lukashenko, que governa o país há quase 30 anos.

Segundo o texto da nova lei, Lukashenko, caso deixe o poder, “não poderá ser responsabilizado por ações cometidas no âmbito do exercício dos seus poderes presidenciais”.

A lei também diz que o presidente e os membros de sua família receberão proteção estatal vitalícia, assistência médica e seguro de vida e saúde.

Após deixar o cargo, o chefe de governo se tornará automaticamente membro vitalício da câmara alta do Parlamento – órgão do Legislativo que corresponde ao Senado.

A nova medida reforçará ainda mais o poder do presidente e visa eliminar qualquer nome que seja um adversário eleitoral.

Histórico controverso

A Belarus foi abalada por protestos em massa durante a controversa reeleição de Lukashenko, em agosto de 2020, para um sexto mandato. O pleito foi considerado fraudulento por nações do Ocidente e pela oposição belarrussa.

Entre os manifestantes que se colocavam contra o resultado eleitoral, 35 mil foram presos e muitos foram torturados sob custódia e tiveram de abandonar o país.

Lukashenko também foi acusado de envolvimento na transferência ilegal de crianças de cidades ocupadas pela Rússia na Ucrânia para a Belarus.

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