CartaExpressa

Voto de Kassio sobre o 8 de Janeiro é ‘profundamente lamentável’, diz advogado de Mauro Cid

Para Cezar Bitencourt, o ministro do STF demonstrou desconhecimento da técnica legislativa

Voto de Kassio sobre o 8 de Janeiro é ‘profundamente lamentável’, diz advogado de Mauro Cid
Voto de Kassio sobre o 8 de Janeiro é ‘profundamente lamentável’, diz advogado de Mauro Cid
Cezar Bitencourt, advogado de Mauro Cid. Foto: Reprodução/Instagram
Apoie Siga-nos no

O advogado Cezar Bitencourt, representante do tenente-coronel Mauro Cid, definiu como “lamentável” o voto do ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, no primeiro julgamento sobre um réu envolvido nos ataques golpistas de 8 de Janeiro.

No voto, Kassio Nunes avaliou que Aécio Lúcio Pereira não cometeu os crimes de abolição violenta do Estado de Direito e golpe de Estado. Para Bitencourt, a interpretação demonstra desconhecimento da técnica legislativa.

“É profundamente lamentável que o ministro não entenda a técnica legislativa utilizada pelo legislador”, disse o advogado em vídeo publicado nas redes sociais. “O simples fato de terem se organizado, invadido os palácios e destruído o que encontraram pela frente – poderia até ser menos do que isso – já configuraria o crime.”

O advogado disse se sentir “intelectualmente ofendido” pelo voto.

No julgamento, finalizado nesta quinta, a maioria do STF condenou Aécio a 17 anos de prisão por cinco crimes ligados à sua participação nos atos golpistas:

  • dano qualificado;
  • deterioração de patrimônio público tombado;
  • abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • golpe de Estado; e
  • associação criminosa.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo