Economia

Governo não descarta fatiamento da PEC da reforma tributária

Líder do governo no Senado, Jaques Wagner citou cenários que poderiam justificar uma ‘PEC paralela’

Governo não descarta fatiamento da PEC da reforma tributária
Governo não descarta fatiamento da PEC da reforma tributária
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
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O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), indicou nesta segunda-feira 10 não descartar o fatiamento da PEC da reforma tributária para levar a uma aprovação mais veloz dos trechos em que há consenso entre deputados e senadores. Ele ponderou, no entanto, não querer se “precipitar”.

A proposta foi aprovada em dois turnos pela Câmara na semana passada. Após a votação do texto-base, os deputados promoveram uma mudança na redação e retiraram os benefícios previstos para indústrias das regiões Norte e Nordeste e para fabricantes de veículos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

“Acho que vamos conseguir chegar a um consenso. É bom lembrar que PEC só é promulgada quando os dois igualam, a menos que a gente use do expediente que já foi usado de você fazer a promulgação das partes comuns, a parte em que há identidade, e eventualmente se cria uma PEC paralela para continuar trabalhando os pontos que foram conflitantes”, disse Wagner à GloboNews.

Segundo ele, “essa pode ser uma saída interessante, porque o eixo central da reforma fica preservado e você pode continuar com outros temas”.

“Mas, repare, não quero me precipitar. Como líder do governo, tenho de ouvir todo mundo para tentar fazer a síntese desse pensamento.”

O petista também declarou ser “quase impossível” que senadores não tentem recolocar no texto o trecho a prorrogar benefícios fiscais do IPI para as plantas automobilísticas do Nordeste. Ele defendeu, porém, não fazer “tantas mudanças” na PEC.

Por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição, a reforma tributária precisará do aval de pelo menos 49 senadores, em dois turnos de votação.

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