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Deputado pede quebra do sigilo bancário de Bolsonaro à CPMI do 8 de Janeiro
No documento, Rogério Correia (PT) cita as diversas ocasiões em que o ex-presidente colocou em xeque a lisura do sistema eleitoral brasileiro


O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) apresentou requerimento à CPMI aberta para investigar os atos golpistas do 8 de Janeiro no qual pede a quebra do sigilo bancário do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entre os dias 30 de outubro de 2022 (segundo turno das eleições gerais) e 10 de janeiro deste ano.
No documento, o parlamentar cita as diversas ocasiões em que o ex-presidente colocou em xeque a lisura do sistema eleitoral brasileiro e incitou seus apoiadores a irem às ruas. Argumenta, ainda, que a invasão bolsonarista aos prédios dos Três Poderes em Brasília só foi possível “a partir do financiamento das ações”, sendo Bolsonaro o principal beneficiário.
“O não reconhecimento da eleição do seu opositor e vários pronunciamentos dúbios levaram aos apoiadores de Jair Messias Bolsonaro a interpretar que o mesmo autorizava e estimulava os protestos violentos, paralisação de rodovias, acampamento nos quarteis pedindo intervenção militar, dentre tantos outros atos que fizeram gestar os atos de terrorismo ocorridos em 8 de janeiro, como o discurso que fez em 1o de novembro, interpretado como incentivo à continuidade das mobilizações golpistas”, diz trecho do requerimento.
Além deste requerimento, Correia também apresentou à CPMI na semana passada um pedido de convocação para Bolsonaro prestar esclarecimentos aos integrantes do colegiado. As solicitações ainda precisam ser avalizadas pelos parlamentares durante votação.
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