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Líder do PT na Câmara acena a Lira e diz ser ‘um erro’ não dividir o poder com o deputado

Zeca Dirceu alegou que o PT não tem motivos para reclamar do presidente da Câmara porque recebeu bastante espaço de atuação na Casa

Líder do PT na Câmara acena a Lira e diz ser ‘um erro’ não dividir o poder com o deputado
Líder do PT na Câmara acena a Lira e diz ser ‘um erro’ não dividir o poder com o deputado
O deputado Zeca Dirceu (PT-PR). Foto: Wikimedia Commons
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O deputado Zeca Dirceu (PT-PR), líder do PT na Câmara, fez acenos significativos ao presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL), em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo publicada no fim da noite desta segunda-feira 13.

De acordo com o parlamentar petista, sua legenda não pode reclamar de Lira e, na sua avaliação, o governo federal não deve se incomodar com dividir o poder com o líder do Centrão. As declarações ocorrem em meio a negociações de Lula (PT) para formação da base no Congresso.

“Tem gente entendendo o que ele diz como ameaça, acham que ele está riscando a faca, mas na verdade, ele está fazendo alertas importantes. E, portanto, ajudando o governo”, disse Dirceu ao jornal em referência à avaliação de Lira sobre Lula não ter base no Congresso.

Mais adiante, Dirceu disse que as críticas direcionadas a Lira seriam um erro de quem não tem conhecimento do funcionamento do Congresso. Na esteira da afirmação, defendeu que o governo ‘divida o poder’ com o deputado.

“Ele [Lira] tem esse poder porque venceu as eleições para ser presidente da Câmara. É um erro não dividir o poder com Arthur Lira”, defendeu. “Tem que dividir, com critérios, com transparência, mas tem que dividir”, insistiu Dirceu.

Durante a campanha, importante lembrar, o papel desempenhado por Lira no Congresso – em especial na condução do orçamento secreto – foi classificado como abusivo por Lula e aliados.

Por fim, o líder do PT na Câmara disse ainda que seu partido não tem mais motivos para reclamar de Lira por, segundo ele, ter recebido ‘muito espaço’ para atuar na Casa. A sigla, vale lembrar, apoiou a eleição do cacique do Centrão para o comando da Câmara e, em troca, recebeu apoio para ocupar a presidência da CCJ.

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