Política

Lula diz que o orçamento secreto é uma ‘podridão’ e defende ‘orçamento participativo’

Em encontro com artistas em Brasília, o pré-candidato à Presidência mencionou emissoras de TV em tom crítico: ‘A cultura é mais rica do que a gente vê na Globo’

O pré-candidato à Presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, durante discurso no Distrito Federal. Foto: Reprodução
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o orçamento secreto e defendeu a criação de um orçamento participativo. A manifestação ocorreu nesta quarta-feira 13, em discurso no Distrito Federal.

O petista participou de um encontro com artistas em Brasília, onde foi cobrado a promover políticas culturais. Um dos convidados chegou a dizer que, em seu governo, Lula teria deixado de ouvir a categoria.

“Se você tem dinheiro para fazer essa podridão chamada orçamento secreto, por que não faz um orçamento público à luz do dia para que o povo conheça onde está o seu dinheiro?”, declarou Lula. “Se eu voltar à Presidência da República, eu vou tentar fazer o orçamento participativo a nível nacional.”

Lula disse ainda não saber como o plano pode ser concretizado, mas adiantou que a ideia é “construir um aplicativo” em que, depois de realizado um “modelo de orçamento”, seria possível “espraiar para as pessoas dizerem o que querem”.

O ex-presidente também citou emissoras de televisão ao dizer que a cultura brasileira é “mais rica”.

Momentos antes, um representante da classe artística havia se queixado da necessidade de se tornar uma celebridade para obter reconhecimento profissional.

“Eu não sei tudo o que vocês falaram. A única coisa que sei é que a cultura é mais rica do que a gente vê na Rede Globo de Televisão, do que as tardes de domingo do SBT, da Record, da Bandeirantes“, prosseguiu Lula. “Prefeitos gastam fortunas com artistas que cobram 1 milhão para fazer um show e não são capazes de gastar 30 reais com um grupo local.”

O presidenciável voltou a propor a recriação do Ministério da Cultura, extinto durante o governo de Michel Temer (MDB). Além disso, disse que garantiria a fundação de comitês estaduais para pressionar o órgão.

O seu candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB), também estava presente no evento.

Nesta quarta, Lula ainda teve uma reunião com o presidente do Congresso Nacional, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na qual teria obtido garantia de apoio institucional para a realização da posse presidencial, em caso de vitória nas urnas.

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