CartaExpressa

CGU deve retirar o sigilo do cartão de vacinação de Bolsonaro

O ex-presidente alega não ter se vacinado contra a Covid-19 e em diversas ocasiões desestimulou a imunização

CGU deve retirar o sigilo do cartão de vacinação de Bolsonaro
CGU deve retirar o sigilo do cartão de vacinação de Bolsonaro
O ex-presidente Jair Bolsonaro, nos Estados Unidos. Foto: CHANDAN KHANNA/AFP
Apoie Siga-nos no

A Controladoria-Geral da União deve retirar o sigilo imposto sobre o cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A tendência é de que os dados estejam liberados, via Lei de Acesso à Informação, nas próximas semanas.

No início de fevereiro, o ministro da CGU, Vinícius de Carvalho, disse ao jornal Folha de S.Paulo considerar “legítimo” o debate sobre o tema. Bolsonaro alega não ter se vacinado contra a Covid-19 e em diversas ocasiões desestimulou a imunização.

“Há uma discussão quando se está diante de uma política pública de vacinação no meio de uma pandemia. As pessoas eram estimuladas ou desestimuladas a se vacinarem e isso gerava impacto no índice de contaminação, nas mortes. Em uma situação como essa, será que há interesse público numa carteira de vacinação de uma autoridade pública? A discussão é legítima e a decisão vai ser tomada pela área técnica da CGU”, afirmou Carvalho na ocasião.

No último dia 3, a CGU anunciou que analisaria 234 casos de sigilo estabelecidos durante o governo do ex-capitão.

Na lista também estão as visitas dos filhos de Bolsonaro ao Palácio do Planalto e o processo disciplinar no Exército contra o general Eduardo Pazuello, agora deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro.

A reavaliação dos casos foi determinada pelo presidente Lula (PT) ainda no dia da posse, em 1º de janeiro. Segundo o documento, a CGU teria 30 dias para analisar os sigilos.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo