Economia

Bolsonaro sanciona lei que limita cobrança do ICMS sobre combustíveis

Presidente, no entanto, vetou trechos sobre compensação aos estados pela perda de receita

Bolsonaro sanciona lei que limita cobrança do ICMS sobre combustíveis
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Foto: Isac Nóbrega/PR
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou, na quinta-feira 23, o projeto de lei que limita a 17% o ICMS sobre o diesel, a gasolina, a energia elétrica, as comunicações e os transportes coletivos, aprovado na semana passada pelo Congresso. A decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União.

Bolsonaro, no entanto, vetou trechos sobre compensação aos estados pela perda de receita. Já a zeragem dos impostos federais, como PIS/Cofins e Cide, sobre gasolina e etanol, foi mantida.

A sanção ocorre em meio ao embate que o governo federal e lideranças do Centrão travam contra a Petrobras. Além de uma CPI para investigar a petroleira, Bolsonaro e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendem mudança na Lei das Estatais.

O presidente vetou, por exemplo, a compensação da perda de receitas para os cinco Estados sem dívida com a União, que seria feita em 2023, com recursos da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) e com a priorização na contratação de empréstimos da União.

Dessa forma, a compensação será feita apenas para Estados que estão endividados com a União, por meio do abatimento da dívida, quando a perda de arrecadação com o ICMS ultrapassar 5%, na comparação com 2021. Esse ressarcimento será feito de forma temporária, durante seis meses.

O presidente também vetou a determinação de que a União compensasse os Estados e municípios para que mantivessem os gastos mínimos constitucionais em educação e saúde na comparação com o que estava em vigor antes de a lei do teto passar a valer.

Na justificativa, o ex-capitão afirmou que “a proposição legislativa contraria o interesse público, tendo em vista que criaria compensações para a União de maior complexidade e de custo financeiro sem real efetividade”.

Como reação, nesta semana, 11 governadores entraram com ação no Supremo Tribunal Federal contra a lei. Os chefes de executivos estaduais alegam que a medida é eleitoreira, ineficaz e não possui um estudo aprofundado sobre o impacto fiscal.

(Com informações da Agência Estado)

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