Política
PT aprova a federação com PCdoB e PV
Se concretizado, o bloco de partidos terá de se manter unido por quatro anos
O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores confirmou a aprovação da federação com o PCdoB e o PV, nesta quarta-feira 13. Desta forma, as legendas se unem em um bloco que deve seguir junto nas eleições majoritárias e proporcionais até 2026, bem como no Congresso Nacional.
A decisão ocorreu por meio de uma reunião do PT e ainda precisa ser validada pelo Tribunal Superior Eleitoral. Também foi aprovado o estatuto da federação, com suas diretrizes, deveres e direitos.
Nas redes sociais, a presidente do PCdoB, Luciana Santos, anunciou em tom de celebração que o seu partido também aprovou a federação e o estatuto nesta quarta.
“Um fato pelo qual temos lutado há mais de duas décadas e que irá contribuir com a democracia e a unidade programática do sistema partidário no Brasil”, escreveu.
Seguimos fazendo história! Hoje a direção nacional do PCdoB aprovou o programa e o estatuto da federação com o PT e o PV. Um fato pelo qual temos lutado há mais de duas décadas e que irá contribuir com a democracia e a unidade programática do sistema partidário no Brasil.+
— Luciana Santos (@lucianasantos) April 13, 2022
A formação de federações foi aprovada pelo Congresso Nacional como um modelo mais rígido que as coligações, extintas em 2017 nas eleições proporcionais. Em vez de uma união momentânea na eleição, agora as siglas que quiserem se juntar deverão manter a aliança por pelo menos quatro anos.
A almejada participação do PSB na federação não se concretizou. O presidente socialista, Carlos Siqueira, chegou a dizer que o assunto estava absolutamente encerrado. Porém, após a indicação de Geraldo Alckmin (PSB) como vice de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que as siglas retomariam as conversas.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.



