Sociedade

Sobe para 37 número de mortos por ciclone ‘fora do comum’ no Rio Grande do Sul

Chuvas intensas e os ventos fortes afetaram no total 79 municípios e mais de 5.800 pessoas tiveram que deixar suas casas

Sobe para 37 número de mortos por ciclone ‘fora do comum’ no Rio Grande do Sul
Sobe para 37 número de mortos por ciclone ‘fora do comum’ no Rio Grande do Sul
Chuvas intensas e os ventos fortes afetaram no total 79 municípios e mais de 5.800 pessoas tiveram que deixar suas casas. Foto: Silvio Avila/AFP
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Ao menos 37 pessoas morreram e outras nove permanecem desaparecidas no Rio Grande do Sul, na passagem de um ciclone devastador, segundo o último balanço divulgado nesta quarta-feira 6 pelas autoridades, que se preparam para novas chuvas torrenciais nas próximas horas.

Chuvas intensas e ventos fortes causaram destruição e deixaram localidades submersas, enquanto dezenas de socorristas tentavam chegar a áreas ilhadas, onde ainda havia milhares de pessoas isoladas.

Este é o mais recente de uma série de desastres climáticos que se sucederam nos últimos meses no Brasil, e o mais mortal do Rio Grande do Sul.

“Vimos comunidades totalmente submersas. É desolador, há muita destruição”, disse o governador Eduardo Leite (PSDB) em coletiva de imprensa, logo depois de sobrevoar as áreas atingidas desde a madrugada de segunda-feira e visitar centros de abrigos, segundo uma nota.

Na quarta-feira à noite, as autoridades elevaram de 31 para 37 o balanço de mortos e reportaram nove desaparecidos.

As chuvas intensas e os ventos fortes afetaram no total 79 municípios e mais de 5.800 pessoas tiveram que deixar suas casas. No total, há mais de 56.000 pessoas afetadas. É “um evento absolutamente fora do comum”, afirmou o governador.

Os desfiles em ocasião do dia da Independência, nesta quinta-feira, foram suspensos e o governo decretou estado de calamidade no estado.

Os trabalhos de resgate continuavam em uma corrida contra o tempo, com aeronaves e barcos, nas regiões mais afastadas.

Leite se disse especialmente “preocupado” pela previsão de chuva para o fim do dia e amanhã. “O solo já está encharcado e os rios estão cheios”, disse.

O Instituto de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de “perigo” para a região sul do estado, com previsões de até 100mm de chuva por dia e ventos de até 100 km/h, possíveis cortes de energia, queda de árvores e inundações.

O ciclone originou-se de um “sistema de baixa pressão que gera instabilidade no oceano” e foi em direção “ao continente com chuvas e ventos torrenciais”, explicou à AFP Francis Lacerda, pesquisadora do Laboratório de Mudança Climática do Instituto Agronômico de Pernambuco.

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