A prefeitura de São Paulo anunciou na terça-feira 17 a instalação de cinco estátuas em homenagem a personalidades negras que têm histórias relacionadas com a cidade. A divulgação foi feita menos de um mês após ativistas terem incendiado a estátua do bandeirante Borba Gato.
O projeto deve ter suas obras iniciadas ainda em setembro e a entrega das estátuas pode levar até seis meses.
Os homenageados serão: a escritora Carolina Maria de Jesus, coletora de material reciclável que vendeu cerca de 3 milhões de livros, em 16 idiomas, o músico Geraldo Filme, um dos sambistas pioneiros de São Paulo, que colocou a cidade em destaque e quebrou com a hegemonia carioca no ritmo, o atleta olímpico Adhemar Ferreira da Silva, campeão do salto triplo em duas olimpíadas e o primeiro a conquistar medalhas consecutivas em duas edições, a sambista Deolinda Madre (madrinha Eunice), fundadora da primeira escola de samba da cidade, a “Lavapés”, na década de 1930, e o cantor Itamar Assumpção, um dos principais nomes do movimento “Vanguarda Paulista”.
Dados de um estudo do Instituto Pólis apontam que, dos 200 monumentos catalogados da capital paulista, que retratam pessoas, apenas 24 representam mulheres. Entre as figuras masculinas, apenas 5 representam homens negros. A única estátua em homenagem a uma mulher negra é a “Mãe Preta”, instalada no Largo do Paissandu. Quatro outros monumentos retratam homens indígenas.
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