Sociedade
RS: Guaíba supera cota de inundação e Defesa Civil emite novo alerta para rompimento de barragem
Mais cedo, em coletiva, o governador Eduardo Leite previu cheias ainda maiores no rio até a sexta-feira
O nível do Rio Guaíba, ultrapassou a cota de inundação nesta quinta-feira 2, que é de 3 metros. Às 15h15, o nível das aguas chegou a 3,14 metros e houve inundação no Cais Mauá, em Porto Alegre.
Mais cedo, durante coletiva de imprensa, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) fez previsão de cheias ainda maiores no rio até a sexta-feira.
“Amanhã [sexta] o Guaíba pode chegar a 4 metros. Para ter uma ideia, em novembro de 2023, foram 3,46 metros, que já foi a pior cheia desde 1941. A região das ilhas, Região Metropolitana, os municípios dos arredores, toda aquela bacia de rios vai ter resposta muito forte”, previu o governador.
O Guaíba recebe as águas de diversos rios do estado, como o Jacuí (que recebe as águas dos rios Caí, Taquari e Pardo), o Gravataí e o Sinos. Depois, as águas do Guaíba desembocam na Lagoa dos Patos, que termina no Oceano Atlântico.
Nesta quinta-feira, a prefeitura de Porto Alegre fechou as comportas de contenção do sistema de contenção de enchentes, já prevendo a cheia do rio, de forma a impedir alagamentos na área central da cidade. Todo o estado segue com alertas de cheias para os próximos dias devido às altas precipitações de chuvas.
A Defesa Civil também emitiu uma orientação expressa para que “os moradores de áreas próximas ao Guaíba, nos municípios de Porto Alegre (Zona Sul), Guaíba e Eldorado do Sul, deixem áreas de risco e procurem abrigos públicos ou outro local de segurança”.
Defesa Civil alerta para rompimento de outra represa
A Defesa Civil emitiu um novo alerta às populações das cidades de Bento Gonçalves e Pinto Bandeira pelo risco do rompimento da Represa de São Miguel.
“É orientação expressa que os moradores de localidades próximas à área em vermelho demarcada no mapa para que deixem os locais de risco e procurem abrigos públicos ou outro local de segurança para permanecer. As pessoas que não tiverem locais alternativos devem buscar informações junto à Defesa Civil da sua cidade sobre os abrigos públicos disponibilizados pelas Prefeituras, rotas de fuga e pontos de segurança”, disse o órgão, em comunicado.
Mais cedo, a barragem 14 de Julho, localizada entre Cotiporã e Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, se rompeu parcialmente, o que deve acarretar uma cheia do rio entre 2 a 4 metros. Diante o cenário, o prefeito de Bento Gonçalves (RS), Diogo Segabinazzi Siqueira, fez um alerta para que a população deixasse o local.
“A informação que a gente precisa passar para todos os moradores que vivem às margens do Rio das Antas e Rio do Taquari é sair o mais rápido possível desse local”, disse o prefeito. “Essa é a tendência que aconteça nos próximos minutos e nas próximas horas nos municípios mais abaixo, lá no Taquari”.
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