Sociedade
Polícia de São Paulo investiga episódio de racismo em vagão do metrô
Segundo a vítima, Welica de Ribeiro, uma passageira branca teria pedido para que ela, uma mulher negra, afastasse seu cabelo de perto dela


A Polícia Civil de São Paulo apura uma denúncia de racismo dentro do Metrô de São Paulo.
Segundo a vítima, Welica de Ribeiro, uma passageira branca teria pedido para que ela, uma mulher negra, afastasse seu cabelo de perto dela, sob o risco de ‘passar alguma doença’.
Welica estava no vagão com seu irmão e seu pai, que filmaram a discussão. “Eu sugeri raspar minha cabeça para não incomodá-la”, diz ela no vídeo.
Revoltados, os passageiros do metrô se manifestaram, chamando a mulher de “racista”. Eles também impediram a saída da passageira do local até a chegada da Polícia Militar.
A vítima e agressora foram ouvidas na delegacia.
Nas redes sociais, a mulher se identifica como Agnes Vajda, e diz ser assistente consular do Consulado da Hungria em São Paulo.
Após registro do Boletim de Ocorrênciam a Polícia Civil dará andamento às investigações.
“Eu espero que as pessoas entendam de uma vez por todas que somos iguais, somos seres humanos. A gente nasce igual todo mundo, a gente vai terminar como todo mundo, que não existe melhor do que ninguém. As pessoas precisam entender que precisamos ser respeitados, não porque somos negros, mas porque somos seres humanos e a gente merece respeito”, disse a vítima ao portal G1 ao sair da delegacia.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Com Bolsonaro, há uma “autorização” para o racismo, diz Roger Machado
Por AFP
Instituições pedem que governo Bolsonaro aceite missão da ONU para avaliar racismo no País
Por CartaCapital