Sociedade

PM baleado por criminoso em Belo Horizonte tem morte cerebral confirmada

O sargento Roger Dias foi alvejado na cabeça e nas pernas ao abordar um criminoso; o caso reacendeu debates sobre as regras a e supervisão das concessões de saída temporária

Créditos: Reprodução Redes Sociais
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O policial militar baleado na cabeça durante uma perseguição em Belo Horizonte (MG) teve morte cerebral confirmada no domingo 7. A informação foi confirmada por uma major da corporação.

O sargento Roger Dias, de 29 anos, perseguia um criminoso na sexta-feira 5 quando foi alvejado por três disparos, sendo dois na cabeça e um em uma das pernas.

O agente chegou a passar por uma cirurgia na perna e a colocar um dreno na cabeça para controlar a pressão intracraniana, mas os médicos já tinham alertado que o quadro era irreversível.

O velório e enterro devem acontecer na manhã da terça-feira (9), mas ainda não há detalhes. O criminoso e um comparsa já tiveram a prisão em flagrante determinada.

O caso reacendeu debates sobre as regras a e supervisão das concessões de saída temporária. Em manifestação sobre o caso, o presidente do Senado, o senador Rodrigo Pacheco afirmou que o crime cometido contra o policial é de ‘gravidade acentuada’ e afirmou que o Congresso deve atuar para reivindicar mudanças na lei das saídas.

Embora o papel da segurança pública seja do Executivo, e o de se fazer justiça, do Judiciário, o Congresso promoverá mudanças nas leis, reformulando e até suprimindo direitos que, a pretexto de ressocializar, estão servindo como meio para a prática de mais e mais crimes”, escreveu nas redes sociais.

O criminoso que atirou contra o policial estava em saída temporária, e, de acordo com a PM, deveria ter voltado à penitenciária no dia 23 de dezembro. Era, portanto, considerado foragido.

Ainda conforme a PM, o autor dos disparos acumula 18 registros policiais. O segundo envolvido, também em saída temporária, possui 15 registros, incluindo dois por homicídio.

A saída temporária é um benefício previsto em lei para presos de perfil específico. Segundo a lei, presos em regime semiaberto com bom comportamento podem ter até quatro saídas anuais de sete dias cada. em datas consideradas propícias à ressocialização, como o Natal e o Dia das Mães. 

O Ministério Público de Minas Gerais contestou a concessão da saída temporária ao suspeito de balear o sargento, citando seu histórico de indisciplina e um caso anterior de furto de veículo durante regime semiaberto em julho de 2023. O suspeito não exibia sinais de ‘autodisciplina’ nem ‘senso de responsabilidade’, segundo o MP.

A Vara de Execuções Penais de Ribeirão das Neves, contudo, autorizou o benefício, argumentando que o detento não tinha faltas graves registradas em sua conduta carcerária. O MPMG recorreu ao Tribunal de Justiça, mas a apelação ainda não foi julgada.

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