CartaExpressa

PM apontado como autor do disparo que matou Ágatha Félix é absolvido por júri popular

A menina, que tinha apenas 8 anos, foi alvejada por um tiro em 2019 na comunidade da Fazendinha, no Complexo do Alemão

PM apontado como autor do disparo que matou Ágatha Félix é absolvido por júri popular
PM apontado como autor do disparo que matou Ágatha Félix é absolvido por júri popular
A garota Ágatha Felix, de 8 anos, que foi morta por um tiro de fuzil de no Complexo do Alemão. (Foto: Reprodução/Facebook)
Apoie Siga-nos no

O policial Rodrigo José de Matos Soares, apontado como o autor do disparo de fuzil que matou a menina Ágatha Vitória Sales Félix, de apenas 8 anos, em 2019 no Complexo do Alemão, foi absolvido por um júri popular finalizado na madrugada deste sábado 9.

O julgamento, que durou mais de 12 horas, gerou revolta nos familiares que acompanhavam a sessão, realizada 1º Tribunal do Júri, no Centro do Rio.

A decisão do júri aponta que o PM, apesar de comprovadamente ser o autor do disparo, agiu “sem intenção de matar”. Ele atirou em direção ao veículo em que Ágatha estava com a família e atingiu a criança pelas costas.

O policial, agora absolvido, mentiu nas primeiras versões apresentadas durante a investigação. Ele alegava que atirou em resposta a um primeiro ataque, realizado por uma dupla que passou de moto pelo local e teria atirado contra os policiais. A investigação, porém, desmentiu essa versão.

Segundo a perícia, os homens de moto não carregavam armas, mas sim uma esquadria de alumínio. Eles, portanto, não fizeram disparos. A hipótese é de que os policiais teriam atirado após confundir o objeto que a dupla carregava com uma arma. Ao atirar contra a moto, Rodrigo José de Matos Soares acertou o carro que transportava a menina.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo