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PF pede mais 30 dias para concluir inquérito sobre morte de Genivaldo

No âmbito das apurações, a PF já ouviu cerca de 30 pessoas, entre elas os familiares de Genivaldo, testemunhas da abordagem e ainda os policiais rodoviários federais envolvidos na ocorrência

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A Polícia Federal em Sergipe pediu nesta terça-feira, 21, ao Ministério Público Federal mais 30 dias para finalizar o inquérito sobre a morte de Genivaldo de Jesus Santos, asfixiado após o porta-malas de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal ser transformado em “câmara de gás”, no dia 25 de maio.

Os investigadores apontaram que o pedido de prorrogação está ligado à necessidade de aguardar “a apresentação de laudos periciais requisitados”, “indispensáveis para a finalização do procedimento investigatório”. Tratam-se das perícias do Instituto Médico Legal em Sergipe do Instituto de Criminalística da Diretoria Técnico-Científica da PF.

No âmbito das apurações, a Polícia Federal já ouviu cerca de 30 pessoas, entre elas os familiares de Genivaldo, testemunhas da abordagem e ainda os policiais rodoviários federais envolvidos na ocorrência. Como mostrou o Estadão, três agentes chegaram a se apresentar à PF em Sergipe logo depois do ocorrido em Umbaúba.

Em comunicação de ocorrência policial, agentes envolvidos na abordagem que culminou na morte de Genivaldo classificaram o falecimento do homem de 38 anos como uma “fatalidade desvinculada da ação policial legítima”. Os PRFs narraram que foi empregado “legitimamente o uso diferenciado da força” no caso, registrando que foram usados gás de pimenta e gás lacrimogêneo para “conter” Genivaldo.

Dias após a morte de Genivaldo, peritos do Instituto Nacional de Criminalística da PF foram até o interior de Sergipe para examinar a viatura da Polícia Rodoviária Federal na qual a vítima foi trancada. A corporação ainda isolou um trecho da BR-101 em Umbaúba para captação de imagens aéreas e terrestres.

No âmbito da PRF, foi aberto um processo disciplinar para investigar a conduta dos agentes envolvidos. Ambos os procedimentos são acompanhados pelo Ministério Público Federal. O procurador Flávio Pereira da Costa Matias, coordenador de Controle Externo da Atividade Policial na Procuradoria da República em Sergipe, abriu um procedimento requisitou informações às Polícias Civil, Rodoviária Federal e Federal sobre o caso.

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