Após o confronto entre garimpeiros e indígenas no último sábado, 29, em território Yanomami, a região sofreu um novo ataque. Dessa vez, oito corpos foram localizados na região do Uxiú pela Polícia Federal.
Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, as vítimas não são indígenas. A suspeita é de que o episódio seja uma retaliação pelo ataque sofrido no sábado, quando a comunidade fazia uma cerimônia fúnebre.
Em conjunto com a Força Nacional, a PF ainda apura o motivo das mortes e enviou equipes de elite, do Comando de Operações Táticas e do Grupo de Pronta Intervenção para o local. O diretor de Amazônia da corporação também visitou a região.
Os corpos foram encontrados no domingo 30, durante um sobrevoo das equipes de segurança. Eles estavam boiando na água, em um barranco, em uma região de garimpo.
O escalonamento dos casos de violência na TI Yanomami acontece mediante o confronto entre Polícia Rodoviária Federal e Ibama com garimpeiros ligados ao tráfico de drogas. Na segunda 1, após os três indígenas terem sido baleados, quatro garimpeiros morreram em operação com a PRF.
No mesmo dia, as ministras Marina Silva, do Meio Ambiente, Sonia Guajajara, dos Povos Indígenas, e Nísia Trindade, da Saúde, foram à região acompanhadas de servidores da PF, do Ibama e da Funai, para averiguar a situação.
Na ocasião, elas anunciaram que o governo deve reforçar as operações contra o garimpo ilegal, uma vez que 20% dos garimpeiros ilegais que atuavam na terra indígena persistem na ação criminosa, mas afirmam que pretendem coibir os assassinatos.
“Nossa preocupação é que tudo aconteça da forma mais pacífica possível. A gente não está de forma alguma incentivando esses conflitos. A gente quer amenizar essa situação. Não queremos derramamento de sangue”, afirmou Guajajara.
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