A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira 17 uma nova operação contra as vinícolas flagradas usando trabalho análogo à escravidão. Ao todo, sete mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos nas cidades de Bento Gonçalves e Garibaldi, ambas na serra do Rio Grande do Sul.
Batizada de Descaro, a operação tem como objetivo “coletar novos elementos de prova para esclarecimento dos fatos ocorridos em 22 de fevereiro”. Naquela ocasião, mais de 200 trabalhadores foram resgatados de um alojamento da empresa Fênix Serviços Administrativos e Apoio à Gestão de Saúde LTDA. Lá, eram submetidos a viver em condições precárias, violência física e ficavam sem receber seus salários. A empresa era contratada pelas vinícolas Salton, Garibaldi e Aurora.
Em nota, a PF informou que durante a operação foram identificadas seis pessoas que “possivelmente integram uma organização criminosa voltada à prática do crime de submissão ao trabalho escravo”.
Na semana passada, as três vinícolas fecharam um acordo para pagar 7 milhões de reais para as vítimas resgatadas. O montante será dividido entre indenizações individuais e danos coletivos. Uma série de ajustes também foi pactuada junto ao Ministério Público do Trabalho. A empresa Fênix, porém, tem se negado a fechar um acordo no caso.
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