Sociedade
Operação busca suspeitos pelo assassinato de médicos em quiosque no Rio
Crime ocorreu em outubro de 2023, na Barra da Tijuca; médicos atingidos por tiros foram confundidos com integrantes de uma milícia carioca
A Polícia Civil do Rio de Janeiro, em conjunto com o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do estado (Gaeco/MPRJ), busca cinco suspeitos de participarem do assassinato de três médicos em um quiosque na Barra da Tijuca, em outubro de 2023.
A ação policial desta sexta-feira 20 cumpre, também, outros três mandados de busca e apreensão contra o grupo criminoso. Em nota, o MPRJ esclareceu que todos os alvos são pessoas já denunciadas pelo órgão por envolvimento no crime. A operação se concentra na Cidade de Deus e na zona oeste do Rio de Janeiro.
As identidades dos cinco alvos dos mandados de prisão ainda não foram reveladas pela Polícia. Um deles seria o responsável por conduzir os atiradores até o local do crime. Os demais não tiveram a participação detalhada.
O assassinato
O assassinato de três médicos no Rio de Janeiro ocorreu no dia 5 de outubro de 2023, quando eles estavam em uma confraternização em um quiosque na Barra da Tijuca antes de um congresso de ortopedia. Criminosos desceram de um carro e efetuaram dezenas de disparos na direção do grupo.
Ao todo, quatro médicos foram atingidos por tiros. Três morreram. Entre os mortos estava Diego Ralf Bomfim, de 35 anos, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL). Perseu Ribeiro Almeida, de 33 anos, e Marcos de Andrade Corsato, de 62, foram as outras duas vítimas.
A principal suspeita no caso é de que um dos médicos mortos (Perseu) tenha sido confundido com um miliciano jurado de morte na região.
Quatro suspeitos pelo crime contra os profissionais da saúde foram encontrados mortos pouco tempo depois do episódio.
CartaCapital
Há 31 anos, a maior referência progressista em jornalismo no Brasil.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.