Sociedade

Suspeitos de assassinar médicos foram executados menos de 12 horas após o crime, aponta investigação

A Polícia Civil encontrou os corpos dos suspeitos em dois carros na zona oeste do Rio

Créditos: Reprodução
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Um laudo produzido por peritos da Delegacia de Homicídios da Capital aponta que quatro suspeitos de envolvimento com a execução de três médicos na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, podem ter sido assassinados entre 10 e 12 horas após o crime. O documento foi divulgado nesta sexta-feira 6 pelo jornal O Globo.

A estimativa deriva de uma análise das condições dos quatro cadáveres, dois dos quais apresentavam rigidez muscular generalizada. Especialistas explicam que a rigidez se dá a partir de uma mudança bioquímica que acontece nesse intervalo de tempo.

A Polícia Civil encontrou os corpos dos suspeitos em dois carros na zona oeste do Rio. Três estavam dentro de um veículo na Rua Abrahão Jabour, nas proximidades do Riocentro, e outro em um automóvel na Avenida Tenente-Coronel Muniz de Aragão, na Gardênia Azul.

As identidades dos quatro mortos também foram confirmadas: Philip Motta Pereira, o Lesk; Ryan Nunes de Almeida, integrante do grupo liderado por Lesk, chamado de “Equipe Sombra”; Thiago Lopes Claro da Silva, membro da quadrilha; e Pablo Roberto da Silva dos Reis.

Ainda de acordo com a investigação, não há dúvida de que o assassinato dos três médicos ocorreu por engano. Segundo essa conclusão, o ataque pretendia executar uma vingança pela morte do traficante Paulo Aragão Furtado, conhecido como Vin Diesel, em setembro, que teria contado com a participação de Taillon de Alcântara Barbosa, filho de um dos principais chefes de milícia na zona oeste.

Lesk teria recebido a informação de que Taillon estaria no quiosque. Na sequência, os criminosos teriam confundido um dos médicos no quiosque com o miliciano, devido a uma semelhança física. Trata-se do ortopedista Perseu Ribeiro de Almeida, de 33 anos.

Também foram vítimas do ataque Diego Ralf Bonfim, de 35 anos, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), e Marcos de Andrade Corsato, de 62 anos, médico-assistente do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

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