Educação

Ministros se manifestam sobre ataque em escola de SP; Silvio Almeida alerta para ‘radicalização de jovens’

Um aluno do 8º ano esfaqueou quatro professoras e um aluno dentro de um colégio na capital paulista

Foto: Reprodução/TV Globo
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Ministros do governo Lula se manifestaram sobre o ataque executado por um estudante de 13 anos na Escola Estadual Thomazia Montoro, na zona sul da cidade de São Paulo, na manhã desta segunda-feira 27.

O aluno, do 8º ano, esfaqueou quatro professoras e um estudante dentro da instituição. A professora de ciências Elisabete Tenreiro, de 71 anos, levou cinco facadas, teve uma parada cardíaca e não sobreviveu.

Enquanto o adolescente atacava outra vítima, uma professora de educação física identificada como Cinthia conseguiu imobilizá-lo e outra, chamada Sandra, o desarmou. O agressor foi encaminhado pela Ronda Escolar a uma delegacia.

O ministro da Educação, Camilo Santana, disse acompanhar “com consternação o episódio de violência”. Ele manifestou “solidariedade aos familiares e amigos dos professores e estudantes feridos no ataque” e disse “colocar o MEC à disposição da Secretaria de Educação e do Governo do Estado para colaborar no que for possível”.

Para o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, o ataque “exige máxima atenção”.

“Ao que tudo indica, trata-se de ataque ligado aos efeitos da radicalização de jovens, conectados por redes de incitação ao ódio e à violência. Há anos, especialistas vêm alertando para o crescimento deste fenômeno e de como as autoridades ainda se encontram perplexas”, escreveu.

Segundo ele, uma possível resposta “passa por aspectos regulatórios e até repressivos, mas estes nem de longe esgotam o tema ou nos fornecem uma solução”. Assim, o caminho passa “pela própria formação dos afetos neste mundo em crise” e “por este motivo o ministério constituiu o GT de enfrentamento ao discurso de ódio e ao extremismo, cujo relatório deverá subsidiar a formulação de políticas nacionais de educação em direitos humanos”.

O vice-presidente Geraldo Alckmin, ministro da Indústria e do Desenvolvimento, afirmou que “o ambiente escolar deve propiciar o desenvolvimento de nossas crianças e adolescentes e fomentar uma cultura de paz, sendo inaceitáveis manifestações de violência”.

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, disse que “infelizmente não se trata de um caso isolado, mas de um sintoma da cultura da violência que cresceu em todos os ambientes sociais e que precisa ser combatida sem descanso”.

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, prestou solidariedade aos familiares das vítimas e disse acompanhar “com tristeza esse episódio”, além de se comprometer “a combater a política de ódio que ocasionou a tragédia”.

Confira outras manifestações de ministros:

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