Política
Ministério da Agricultura critica ocupação do MST em área da Embrapa
Uma nota divulgada pela pasta alega que a ação ‘compromete a vida de animais ameaçados de extinção’
O Ministério da Agricultura e Pecuária divulgou, na noite desta segunda-feira 17, uma dura nota da Embrapa Semiárido contra a ocupação promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra.
A Embrapa Semiárido, em Petrolina (PE), é uma das 47 unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura.
“A invasão atingiu ainda áreas de preservação da Caatinga, comprometendo a vida de animais ameaçados de extinção, além de pesquisas para conservação ambiental e de uso sustentável do Bioma”, diz o texto. “A Embrapa Semiárido está adotando as medidas cabíveis para solucionar a situação.”
A nota ainda afirma que a ocupação “traz prejuízos consideráveis a produtores e agricultores familiares da área de abrangência da atuação da nossa instituição, bem como para toda a sociedade”.
O MST iniciou uma nova etapa de ações do Abril Vermelho, com ocupações em propriedades rurais e nas sedes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária em pelo menos sete estados e no Distrito Federal.
As iniciativas começaram no último sábado 15, em Pernambuco. Os sem-terra ocuparam oito fazendas consideradas improdutivas pelo movimento na região metropolitana do Recife, na Zona da Mata e no Sertão. Uma das propriedades ocupadas é a que pertence à Embrapa.
As ações fazem referência aos 27 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, em que tropas da Polícia Militar mataram 21 trabalhadores rurais.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.