Sociedade

Maioria rejeita flexibilização do porte de armas, diz Ibope

Só 26% dos entrevistados se dizem favoráveis à autorização para transportar armas fora do ambiente domiciliar

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A maioria dos brasileiros é contra o afrouxamento das regras para posse e porte de armas de fogo. É o que mostra pesquisa do Ibope realizada em março e divulgada nesta segunda-feira 3 pelo portal G1. Setenta e três por cento dos entrevistados rejeitam a proposta de flexibilização do porte para cidadãos comuns, contra 26% que se dizem favoráveis; 1% não responderam ou não souberam.

Com relação à posse de armas, o não também é maior: 61% dos entrevistados reprovam a ideia de ter uma arma em casa. Os que são favoráveis somam 37% e 2% não souberam ou não responderam.

A pesquisa foi realizada após o primeiro decreto de Jair Bolsonaro que afrouxa as regras para o porte de armas.

 

Cumprindo uma promessa de campanha, Bolsonaro editou três decretos sobre armas. O primeiro, em 15 de janeiro, com as novas regras sobre posse; o segundo, em 8 de maio, que previa novas regras sobre porte e compra de munições; e o terceiro, de 22 de maio, em que o governo, pressionado, recuou sobre a compra de fuzis.

O próprio governo admite que o decreto pró-armas não se trata de uma política de segurança pública, mas sim de garantir a ‘liberdade individual’ dos entusiastas da pólvora. Em audiência na Câmara dos Deputados no dia 8 de maio, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, evitou assumir a paternidade do projeto. “É uma política do presidente da República, que responde a uma promessa eleitoral”, disse.

O decreto prevê, por exemplo, livre trânsito para colecionadores e praticantes de tiro esportivo poderão ‘com as armas de fogo de seus respectivos acervos para realizar suas atividades.’ O conceito de ‘uso restrito’ de armamento também foi revisto. Quem estiver autorizado ao porte poderá adquirir armas como pistola .40, .45 e 9mm, consideradas de alto poder destrutivo.

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