Justiça

Justiça bloqueia R$ 10,7 milhões da Universal pelo suposto não pagamento de aluguéis à Band

Além do bloqueio do valor equivalente à dívida, a emissora também solicitou a penhora de um imóvel da IURD como garantia, mas teve o pedido negado

Bispo Edir Macedo
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A rede Bandeirantes de Televisão obteve na Justiça o bloqueio de 10,7 milhões de reais nas contas da Igreja Universal do Reino de Deus pelo suposto não pagamento de aluguéis da Rede 21, canal de São Paulo controlado pela emissora. Ao menos quatro contas diferentes foram bloqueadas.

A emissora da família Saad e a Igreja controlada por Edir Macedo travam a disputa pelas contas da Rede 21 desde o início de 2022. Se, por um lado, a empresa de Johnny Saad acusa a IURD de calote desde janeiro, a igreja alega que todos os pagamentos estão em dia.

De acordo com Saad, a emissora abriu mão de receber até 222,3 milhões pelo aluguel da Rede 21 ao aceitar receber um valor reduzido durante 19 meses por causa da pandemia da Covid-19.

A IURD, por sua vez, diz que processou a emissora pelo não cumprimento de cláusulas contratuais, no objetivo de buscar uma redução dos valores. A igreja de Edir Macedo também aponta a falta de investimento da Band na expansão de sinal e o desvio de finalidade do dinheiro já pago. O acionamento da Justiça resultou em decisão liminar favorável, que posteriormente foi indeferida e colocou a Igreja em situação de inadimplência.

Segundo o UOL, além do bloqueio do valor equivalente à dívida, a Band também solicitou a penhora  de um imóvel da Universal como garantia, mas teve o pedido negado pela justiça.

O caso foi analisado pela juíza Maria Carolina de Mattos Bertoldo, que também pediu o levantamento de dinheiro depositado em juízo pela Universal como garantia de quitação do montante total em atraso.

Em nota divulgada à imprensa, a Igreja Universal defende que “não está falhando, nem em atraso com os pagamentos; a Igreja está cumprindo com todas as obrigações judiciais e contratuais, ao contrário da Rede 21; O canal não ativou 46 concessões recebidas pelo Ministério das Comunicações, prejudicando o alcance do canal pela falta de investimentos; O processo está em fase inicial de apresentação de provas. Não há juízo nem sentença, ainda”.

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