Sociedade
Em meio a denúncias de crimes, Discord cria ferramenta para supervisão de pais
A nova ferramenta ainda não está disponível no Brasil e só poderá ser ativada com aval do adolescente a partir de sua própria conta
O Discord anunciou a ferramenta Central da Família, que permitirá a pais ou responsáveis acessar parte das atividades de seus filhos na plataforma. A adição do controle parental ocorre após denúncias sobre uma grande rede de crimes cometidos por jovens no programa.
A ferramenta permite saber com quais usuários os adolescentes estão conversando e de quais comunidades do Discord eles participam. No entanto, os pais não poderão ver o conteúdo das conversas – uma das principais funções da plataforma é a conversa por chamada e videochamada, que também não será gravada.
A ativação da nova ferramenta, que ainda não pode ser encontrada nos servidores brasileiros, deverá ser feita em conjunto com o filho, uma vez que a atividade da conta não será compartilhada sem a aprovação dele.
O registro de informações concederá acesso ao histórico dos últimos sete dias, envolvendo:
- amigos adicionados recentemente;
- uma lista com os nomes de usuários com os quais seu filho trocou mensagens ou efetuou chamadas;
- servidores em que ingressou ou dos quais participa.
A função poderá ser desativada a qualquer momento por meio da conta utilizada pelo adolescente.
Disponível para jovens a partir de 13 anos, o Discord conta principalmente com conversas em texto, videochamadas e a possibilidade de criar comunidades.
No aplicativo, adultos e menores de idades entraram na mira das autoridades por divulgar conteúdos relacionados à pedofilia e manter conversas em que incentivam automutilação, crueldade contra animais e discriminação.
Atualmente, o Ministério Público e a Polícia Federal conduzem uma grande investigação sobre essa rede de crimes virtuais.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
