Sociedade

Brasil tem 22,2 milhões de idosos, aponta Censo do IBGE

Dados do IBGE mostram que a população com 65 anos ou mais já é a maior desde 1980. Na contramão, o crescimento populacional é o menor desde 1872 — quando foi realizado o 1º Censo no Brasil

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
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Na última década, o número de idosos com 65 anos ou mais cresceu de forma acelerada no Brasil e alcançou o total de 22,2 milhões de pessoas.

Os dados do Censo Demográfico de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira 27, mostram que o número representa um recorde. Essa faixa etária representa 10,9% da população brasileira, a maior desde 1980.

Em 2010, no último levantamento do Instituto, o número era de 14,1 milhões.

O índice de envelhecimento também se destaca, saindo de 30,7 no último Censo para 55,2 em 2022.

Vale pontuar que, atualmente, o Brasil tem 203.080.756 habitantes, sendo 51% mulheres (104 mil) e 48% homens (98 mil).

Deste total, a maior parte da população tem de 15 a 64 anos, representando 69,3% dos brasileiros.

Entre a população idosa, a faixa etária mais expressiva é de 65 a 69 anos. O grupo representa 7,9 milhões de brasileiros. Já a faixa com 80 anos ou mais são 4,6 milhões. O Brasil também tem outros 37.814 habitantes com 100 anos ou mais.

Na contramão do crescimento, estão os mais novos. As pessoas com 0 a 14 anos são 40,1 milhões — 19,7% da população brasileira. Nessa camada, os homens são maioria. Nas demais faixas etárias, o número de mulheres se sobressai. 

Expectativa de vida

Hoje a expectativa de vida do brasileiro é de 77 anos, aponta o IBGE. Considerando apenas as mulheres, a expectativa de vida é de 80,5 anos, enquanto a dos homens é de 73,6 anos.

Mesmo esta população estando em idade ativa, o crescimento populacional no Brasil é o menor desde 1872 — quando foi realizado o 1º Censo no País. 

De 2010 a 2022, o aumento anual da população foi de 0,52%. No último censo, que considerou a década de 2000 a 2010, o crescimento anual tinha sido de 1,17%. 

Caso a tendência se mantenha, a população brasileira pode parar de crescer nos próximos anos.

Envelhecimento desigual

Os dados do IBGE também expõem as singularidades do processo de aceleração no envelhecimento. 

A região Norte é a mais jovem, somando 25,2% de sua população com até 14 anos, e a menor taxa de população com 65 anos ou mais, de 7%. 

Na sequência, o Nordeste com 21,1% da sua população com até 14 anos. 

Já as regiões Sudeste e Sul do País são as mais envelhecidas, com 12,2% e 12,1%, respectivamente, da população com 65 anos ou mais.

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