Política

Bolsonaro manda Justiça ‘acompanhar’ o caso de jovens que protestaram em igreja no PR

O vereador de Curitiba Renato Freitas critica a divulgação de ‘vídeos sem contexto e informações falsas a respeito de ato contra o racismo, a xenofobia e pela valorização da vida’

Foto: Reprodução
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira 7 ter acionado o Ministério da Justiça e o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos para “acompanhar” o caso dos jovens que protestaram em uma igreja de Curitiba no último sábado 5.

“Acreditando que tomarão o poder novamente, a esquerda volta a mostrar sua verdadeira face de ódio e desprezo às tradições do nosso povo”, escreveu o ex-capitão nas redes sociais. “Se esses marginais não respeitam a casa de Deus, um local sagrado, e ofendem a fé de milhões de cristãos, a quem irão respeitar?”

O vereador Renato Freitas (PT), presente na manifestação, critica a divulgação de “vídeos sem contexto e informações falsas a respeito de ato contra o racismo, a xenofobia e pela valorização da vida”.

O protesto, organizado pelo Coletivo Núcleo Periférico, tinha como pauta central a cobrança de justiça pelos assassinatos do jovem congolês Moïse Kabagambe e de Durval Teófilo Filho, ambos no estado do Rio de Janeiro.

“Ressaltamos que não houve invasão à Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos de São Benedito, pois ela se encontrava aberta e a missa já havia terminado, COMO FACILMENTE SE CONSTATA NAS IMAGENS, já que o lugar estava vazio”, escreveu o vereador curitibano nas redes sociais.

Renato de Freitas acrescenta que o grupo entrou na igreja “como parte simbólica da manifestação, uma vez que foi construída em 1737, durante o regime de escravidão, por pessoas pretas e para pessoas pretas, a quem era negado o direito de entrar em outros lugares”.

Em nota, a Arquidiocese de Curitiba classificou o protesto de “agressividade e ofensa”. Disse também repudiar “a profanação injuriosa”.

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