Justiça

Autor de ataque a creche em Blumenau tentou incriminar PM como mandante

O homem também disse a um amigo que ‘faria algo grande’ duas semanas antes de matar quatro crianças

Créditos: Patrick RODRIGUES / NSC Total / AFP
Apoie Siga-nos no

O autor do ataque a uma creche em Blumenau, em Santa Catarina, disse a um amigo que “faria algo grande” duas semanas antes de matar quatro crianças e deixar outras cinco feridas. O agressor ainda tentou apontar como mandante do crime um policial militar por quem teria admiração.

As informações foram divulgadas nesta segunda-feira 17 pelo delegado Ronnie Esteves, responsável pelas investigações.

“Ele se reuniu com esse amigo na praça, teria conversado sobre a machadinha, sobre o padrasto, uma perseguição. E teria dito que faria algo grande, não disse o quê”, relatou Esteves. “O autor [do ataque] fez academia onde o policial militar treina, e esse policial nunca teve contato com ele. Ele tinha uma admiração e o interpretava como rival ao mesmo tempo.”

No relatório da investigação, a Polícia Civil descartou o envolvimento de outras pessoas no ataque. O suspeito foi indiciado por quatro homicídios e cinco tentativas de homicídio com quatro qualificadoras.

De acordo com Esteves, o assassino era usuário de drogas e “já estava vendo coisas”.

“Ele começa a vender droga e procura afastar pessoas que poderiam impedir que levasse à frente essa vontade de consumo e venda”, prosseguiu o delegado em coletiva de imprensa. “A gente acredita que ele possa ter pensado no policial [que tentou incriminar], que poderia ter feito algo contra ele.”

A Polícia Civil também rechaçou que o ataque tenha resultado de um “desafio”, com a participação indireta de outras pessoas. “Pela análise, fizemos uma extração profunda, inclusive dados apagados. Não havia nenhuma coordenação, não foi planejado por mais de uma pessoa. Foi um ato isolado, ou seja, que uma única pessoa praticou.”

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo