Sociedade

Após colapso parcial, Defesa Civil de Maceió acredita em estabilização da mina da Braskem

Mina começou a colapsar 11 dias após Defesa Civil ordenar evacuação de área

Registro aéreo do bairro Mutange, em Maceió (AL), em meio ao risco de colapso de uma mina da Braskem, em 1º de dezembro de 2023. Foto: Robson Barbosa/AFP
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Após o rompimento de parte da mina 18 da Braskem, a Defesa Civil de Maceió descartou a possibilidade de um novo colapso.

Segundo o órgão, o rompimento parcial ocorrido neste domingo 11 pode desacelerar a velocidade de afundamento do solo devido ao preenchimento da cavidade provocada pela mineração com rochas e água da lagoa.

“O teto da mina se rompeu e é justamente o local que havia sido delimitado pelos técnicos. É uma área que já estava desocupada. Não existe o risco de ser ampliado [o rompimento], pelo contrário, agora vai entrar em um ritmo de desaceleração”, explicou Abelardo Nobre, coordenador da Defesa Civil Municipal, em entrevista ao G1.

Nobre ainda descartou a possibilidade de uma reação em cadeia, como se especulava, em outras minas da região.

Ainda assim, a recomendação é que a população fique longe do local. A região ao redor da mina 18 já havia sido totalmente evacuada desde o último dia 29, após a emissão de um alerta de colapso.

Apesar da previsão de estabilização, ainda não se sabe o tamanho da cratera aberta sob a água.

Nesta segunda-feira 11, o prefeito da capital alagoana, João Henrique Caldas, informou, por meio de suas redes sociais, que está embarcando para Brasília a pedido do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP) para buscar auxílios para a cidade.

Paulo Dantas, governador do estado, classificou o episódio como “crime da Braskem” e disse estar trabalhando com colaboração do governo federal para elaborar um plano de medidas a ser apresentado aos prefeitos das áreas afetadas.

Segundo ele, ao menos 8 cidades da região tiveram um aumento populacional causado pela migração dos moradores dos bairros afetados pela tragédia.

A Braskem encerrou a extração do sal-gema em 2019, mas mantém 35 minas localizadas na área urbana da cidade.

A empresa anunciou a vedação de minas com técnicas como preenchimento com areia e tamponamento com pasta de cimento, além de manter monitoramento técnico contínuo.

A conclusão dos trabalhos está prevista para o período entre o final de 2024 e o início de 2025.

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