O Instituto Defesa da População Negra lançou nesta terça-feira 28 o Observatório Raça e Justiça, para criar e monitorar políticas públicas no Judiciário voltados à população negra no Brasil.
A iniciativa surge após a indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino, ao Supremo Tribunal Federal, para ocupar a cadeira deixada por Rosa Weber.
O instituto integrou o movimento Ministra Negra no STF. Entre as ações da mobilização, levou à Times Square um teaser do curta Toda criança tem um sonho, que ressaltava a importância da diversidade no Supremo.
Em nota, a organização afirma que, apesar de não conseguir a indicação, “a campanha foi vitoriosa ao jogar luz na absurda ausência de diversidade racial na Justiça do País”.
Em 132 anos de existência, o STF teve 171 ministros. Entre eles, três mulheres, três homens negros e nenhuma mulher negra.
Nesse sentido, o Observatório, criado em parceria com a plataforma alemã FES Brasil, busca fomentar a manutenção do diálogo sobre a representatividade da população nos cargos e nas políticas do Judiciário.
“Iremos auxiliar na construção e avaliação de políticas públicas que visem aumentar a diversidade étnico racial do sistema de justiça, bem como, produzindo dados, pesquisas e elaborando diagnósticos do que já está em curso.”
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