Política

A resposta do Exército após a divulgação dos diálogos golpistas entre Mauro Cid e coronel

A PF encontrou documentos com um passo a passo para aplicar um golpe no Brasil após a vitória de Lula

Foto: Alan Santos / PR
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O Exército afirmou nesta sexta-feira 16 que as mensagens de caráter golpista trocadas entre o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), e o coronel Jean Lawand Junior “não representam o pensamento da cadeia de comando” da instituição.

As conversas foram obtidas pela Polícia Federal e reveladas nesta semana pela revista Veja. Os agentes também encontraram documentos com um passo a passo para aplicar um golpe no Brasil após a vitória de Lula (PT) na eleição de 2022.

A Força também afirma, em nota enviada à GloboNews, que “prima sempre pela legalidade e pelo respeito aos preceitos constitucionais”. Sustenta ainda que medidas administrativas “cabíveis” já estariam em execução, mas não fornece detalhes sobre as supostas ações.

Nos diálogos, Cid lamentou o fato de o plano de golpe não ter sido colocado em prática. O trecho consta de uma série de conversas com Lawand Junior, então subchefe do Estado Maior do Exército.

“Soube agora que não vai sair nada”, escreveu o coronel. “Decepção irmão. Entregaram o país aos bandidos”, acrescentou. A mensagem é de 21 de dezembro passado. Menos de três minutos depois, Cid respondeu: “Infelizmente”.

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