Justiça condena Metrô a pagar indenizações por assédio e ataque com seringa

O Metrô deverá pagar multas de 30 mil reais e 10 mil por ataques contra mulheres ocorridos em vagão e estação

Em 2016, casos de assédio sexual ocorridos no Metrô paulistano provocaram protestos de mulheres

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O Metrô de São Paulo, foi condenado nesta terça-feira 3, pelo Tribunal de Justiça, a pagar indenização de 30 mil reais a uma passageira que foi perfurada por um homem com uma seringa em agosto de 2016. A vítima sofreu danos e havia pedido 50 mil reais, o ataque ocorreu na Estação Paraíso. Outros ataques ocorreram na região da Avenida Paulista, Sé e Itaquera, entre julho e agosto do ano passado. Um suspeito foi preso pela polícia na época.

A jovem sofreu lesão e teve de tomar medicamento contra o vírus da Aids por 28 dias para não sofrer correr o risco de ser contamina. O Metrô informou que recorrerá da decisão.

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Assédio Sexual

O Metrô foi condenado também a pagar 15 mil reais a uma mulher que sofreu assédio sexual na Linha 3 -Vermelha. A agressão ocorreu em abril do ano passado. Num vagão lotado a vítima foi molestada por um homem.


Segundo informações do portal de notícias G1, o voto da desembargadora Ana de Lourdes da Fonseca afirma que o dano moral suportado pela vítima foi considerado inquestionável, “principalmente diante da grave afronta à sua liberdade sexual e à sua dignidade como pessoa humana”.

O advogado Ademar Gomes, representante da vítima, acredita que ocorrências de assédio no transporte público são sujeitos de ações de danos materiais em situações de afastamento do trabalho, bem danificado, ou até danos estéticos, caso ocorra lesão corporal. No caso, foi movida ação de danos morais. A vítima pediu para não ter o nome divulgado por questões de segurança.

Em nota, o Metrô afirma que condena os crimes de abuso sexual dentro ou fora do transporte público. A companhia também ressalta que possui uma rede de auxílio com mais de três mil agentes de segurança (uniformizados e à paisana), e de estação, treinados e preparados para atender e acolher as vítimas, para coibir esse tipo de crime. “O sistema é monitorado por 3.500 câmeras de vigilância, nas estações e trens, que ajudam na identificação dos infratores”, afirma.

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