Saúde

Quase 10 milhões não tomaram medidas de restrição contra a Covid-19 em outubro

Dado é do IBGE e mostra cenário antes da chegada da 2ª onda de Covid-19, já apontada por especialistas como uma realidade

Senhor usa máscara para se proteger contra o coronavírus (Foto: DOUGLAS MAGNO / AFP) Senhor usa máscara para se proteger contra o coronavírus (Foto: DOUGLAS MAGNO / AFP)
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Em outubro, o número de pessoas que não tomaram nenhuma medida de restrição para evitar o contágio pelo novo coronavírus teve um aumento de 3,3 milhões em um mês e bateu 9,7 milhões, cerca de 4,6% da população do País. O dado é da nova PNAD COVID19, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que foi publicado nesta terça-feira 1.

 

A pesquisa é publicada no momento em que o Brasil vive a chamada segunda onda de contágio pelo coronavírus, que já atinge a Europa e Estados Unidos há algumas semanas. Atualmente, o País registra mais de 173 mil óbitos e cerca de 6,3 milhões de casos confirmados.

Em outubro, a flexibilização das quarentenas em diferentes regiões fez com que o grupo de pessoas que ficaram rigorosamente isoladas reduzisse em cerca de 8,2 milhões, passando a 26,3 milhões os que permanecem em casa.

A maior parte da população (93,8 milhões) afirmou ter reduzido o contato com outras pessoas, mas continuou saindo de casa ou recebendo visitas. Segundo o IBGE, este grupo foi incrementado em 9,7 milhões a mais na comparação com setembro. Já quem ficou em casa e só saiu em caso de necessidade somou 80,7 milhões. O número reduziu em 4,6 milhões de um mês para o outro.

Testagem não sofre alterações

O número de testagem não sofreu grandes alterações em outubro, aponta a pesquisa. Cerca de 11,8% dos homens e 12,4% das mulheres haviam feito um teste RT-PCR, que detecta o vírus no organismo, ou um dos testes rápidos, que verifica se há presença de anticorpos contra o coronavírus.

Por grupos de idade, cerca de 16,5% das pessoas de 30 a 59 anos de idade fizeram algum teste. A pesquisa também mostrou que quanto maior o nível de escolaridade, maior foi o percentual de testagem.

Os exames mais realizados foram o teste rápido com coleta de sangue por um furo no dedo (11,4 milhões) e o SWAB, procedimento em que o material é coletado com cotonete na boca e/ou nariz do paciente (10,7 milhões). Outros 7,4 milhões fizeram o exame com sangue retirado na veia do braço.

Entre as unidades da federação, o Distrito Federal (23,9%) teve o maior percentual de pessoas que realizaram testes em outubro, seguido pelo Piauí (19,1%) e por Goiás (18,9%). Os menores percentuais foram registrados em Pernambuco (7,9%), no Acre (7,9%) e em Minas Gerais (9,3%).

*Com informações da Agência IBGE

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