Saúde

OMS: Pandemia “se acelera”, mas pode-se “mudar sua trajetória”

Epidemia levou 67 dias para atingir 100 mil infecções, mais 11 para atingir 200 mil e apenas quatro dias depois atingiu 300 mil casos

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. Foto: Fabrice Coffrini/AFP
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A pandemia de coronavírus “está se acelerando”, mas sua trajetória pode ser alterada, estimou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta segunda-feira, instando os países a “atacar” a doença realizando testes de diagnóstico em todos os casos e colocando em quarentena os parentes de quem está infectado.

“Mais de 300 mil casos de transmissão Covid-19 foram relatados até o momento. É de partir o coração. A pandemia está se acelerando”, mas “podemos mudar sua trajetória”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

A epidemia levou 67 dias para atingir 100 mil infecções, mais 11 para atingir 200 mil e apenas quatro dias depois atingiu 300 mil casos, disse ele, em uma coletiva de imprensa virtual em Genebra.

Mais de 15.100 pessoas morreram com o novo coronavírus e mais de 341 mil casos oficialmente diagnosticados de contágio foram registrados em 174 países desde que o vírus apareceu pela primeira vez em dezembro, segundo um balanço estabelecido pela AFP, com base em fontes oficiais.

Esse número de casos, no entanto, reflete apenas parte do número real de infecções, uma vez que muitos países realizam apenas testes de diagnóstico para aqueles que precisam de hospitalização. “O que mais importa é o que fazemos. Você não pode vencer uma partida de futebol apenas se defendendo. Você precisa atacar”, enfatizou o chefe da OMS.

“Pedir às pessoas que fiquem em casa e (estabelecer) outras medidas físicas de distanciamento é uma maneira importante de retardar o avanço do vírus e economizar tempo, mas são medidas defensivas que não nos ajudarão a vencer”, alertou.

O diretor da OMS reconheceu que alguns países têm dificuldades em aplicar essas “medidas ofensivas” devido à falta de recursos.

Por outro lado, condenou a administração de medicamentos a pacientes infectados antes que a comunidade científica concordasse com sua eficácia. “Pequenos estudos, feitos a partir de observações, não nos darão as respostas que precisamos”, alertou.

“O uso de medicamentos que não foram testados e cuja eficácia é desconhecida pode gerar falsas esperanças e causar mais mal do que bem, além de causar escassez de medicamentos essenciais para o tratamento de outras doenças”, lembrou.

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