Saúde

Ministério da Saúde apaga texto que desmentia feijão como cura da covid-19

MPF pediu explicações para a pasta, que tinha classificado o feijão do pastor Valdemiro Santiago como fake news em sua página de notícias

(Foto: Reprodução)
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Após publicar em sua página oficial que o feijão vendido pela Igreja Mundial do Poder de Deus como cura do coronavírus era classificado como fake news, o Ministério da Saúde retirou a notícia do ar na sexta-feira 12, o que gerou questionamentos do Ministério Público Federal.

A notícia se popularizou após o pastor Valdemiro Santiago aparecer em um vídeo afirmando que, com um “propósito” de R$ 1000, fiéis poderiam adquirir feijões que seriam equivalentes à cura da covid-19.

O vídeo teve ampla repercussão e foi retirado do ar após pedido do MPF por meio da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo, que também pediu um posicionamento do Ministério da Saúde sobre o caso.

Na quinta-feira 11, a pasta da Saúde cumpriu com o pedido feito e divulgou, com o símbolo de “Isto é fake news!”, um aviso sobre os feijões. O Ministério não chegou a publicar a ação nas redes sociais, mas o que chamou atenção do MPF foi a remoção do conteúdo na sexta-feira no site.

Ao invés da publicação original, que continha a imagem abaixo, a página na qual a notícia era desmentida mostra um aviso de erro. “Pedimos desculpas pelo inconveniente, mas a página que você estava tentando acessar não existe neste endereço”. Também não é apontado nenhum resultado nas pesquisas feitas internamente no portal de notícias do Ministério.

(Foto: Ministério da Saúde/Reprodução)

“No novo pedido encaminhado ao Ministério da Saúde, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (órgão do MPF em São Paulo) fixa um prazo de 10 dias para que a pasta informe os motivos da remoção do alerta e se essa decisão será mantida. Após a resposta, o Ministério Público avaliará a necessidade de instauração de um inquérito para apurar eventuais responsabilidades pela exclusão do conteúdo.”, informou o MPF por meio de uma nota.

CartaCapital solicitou uma nota explicativa do Ministério da Saúde sobre o pedido do MPF e o sumiço do conteúdo, mas, até o fechamento dessa reportagem, não obteve retorno.

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