Saúde

Insumo para Coronavac chega da China no dia 3 de fevereiro

Cerca de 8,6 milhões de doses de vacinas podem ser produzidas, explicou o diretor do Butantan, Dimas Covas

Dimas Covas em conferência com o embaixador da China no Brasil (Foto: Governo de SP)
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O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que os 5,4 mil litros de Ingrediente Farmacêutico Ativo, necessário para produzir a Coronavac no Brasil, devem chegar no dia 3 de fevereiro.

Essa quantidade de insumos é capaz de gerar cerca de 8,6 milhões de doses do imunizante, a serem liberadas vinte dias após a finalização da produção – o tempo é necessário para completar o ciclo de controle de qualidade, segundo Covas.

O diretor do Butantan participou de entrevista coletiva com o embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, nesta terça-feira 26.

Covas também comentou sobre outros 5,6 mil litros do IFA que estão em vias de liberação e devem complementar a produção para entregar o total de vacinas projetado pelo instituto.

“Esses adicionais 5,6 mil litros também originarão um pouco mais de 8,6 milhões de doses, permitindo assim a manutenção do cronograma que havíamos proposto ao Ministério da Saúde”.

A chegada de insumos da China foi mais um motivo para o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), acusar o presidente Jair Bolsonaro de negligenciar a vacinação contra a Covid-19 no Brasil. O anúncio da liberação foi feito primeiramente pelo presidente em suas redes sociais.

Na segunda-feira 25, Doria afirmou que “os frequentes ataques à China dificultaram todo o processo” e que sem uma “excelente relação de respeito” com os chineses, a vacinação contra a Covid-19 no Brasil não teria começado.

Na conferência, Wanming, que já trocou farpas com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) nas redes sociais, apontou o atraso na entrega do insumo como fruto de um problema “técnico”, não político.

Ainda não há previsão de quando a China irá liberar o IFA para a vacina desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, que possui a Fundação Oswaldo Cruz como braço de pesquisa e produção no Brasil. Na semana passada, os primeiros dois milhões de doses chegaram ao País já prontas da Índia.

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