Mundo
Farmacêuticas fecham acordo para desenvolver nova vacina contra variantes do coronavírus
O novo fármaco terá como alvo linhagens que já estão emergindo e deve estar pronto até 2022
A farmacêutica britânica GSK (GlaxoSmithKline) e sua concorrente alemã CureVac anunciaram nesta quarta-feira 3 que fecharam parceria para desenvolver uma vacina contra novas variantes do coronavírus baseada na tecnologia do RNA mensageiro. O novo imunizante deve ficar pronto em 2022.
O objetivo da parceria é desenvolver uma candidata à vacina que responda às variantes do vírus Sars-CoV-2 que surgem com o avanço da pandemia.
O novo fármaco terá como alvo linhagens que já estão emergindo e aquelas que podem aparecer mais tarde, de acordo com o comunicado conjunto da GSK e CureVac. As duas empresas estabeleceram vínculos desde que o laboratório britânico adquiriu uma participação de 10% no capital da empresa de biotecnologia alemã, em julho do ano passado.
Os estudos científicos do novo imunizante da GSK/CureVac terão início imediato, com a expectativa de estarem concluídos em 2022. O processo só depende do sinal verde das autoridades sanitárias.
O acordo prevê que a GSK pagará € 150 milhões à start-up alemã, o que permitirá que os britânicos detenham os direitos da nova vacina em todos os países, exceto na Alemanha, Áustria e Suíça.
“Acreditamos que a próxima geração de vacinas será crucial na luta contínua contra a Covid-19”, disse Emma Walmsley, CEO da GSK.
Inicialmente, o laboratório britânico ajudará na produção de uma primeira vacina já desenvolvida pela CureVac e que atualmente se encontra na fase 3 de testes clínicos. A GSK se comprometeu a fabricar até 100 milhões de doses, enquanto sua própria vacina desenvolvida com a francesa Sanofi sofreu atrasos nas pesquisas, devido a resultados menos eficazes, e não estará pronta até o final de 2021.
Tecnologia do RNA mensageiro
A Pfizer/BioNTech e a Moderna foram pioneiras no desenvolvimento de vacinas anti-Covid-19 baseadas na tecnologia do RNA mensageiro (m-RNA). Ela consiste em introduzir pedaços de material genético do vírus no organismo, fazendo com que as células produzam as proteínas do Sars-CoV-2, conhecidas como Spyke, ou espícula, utilizadas em sua replicação. Essa proteína, sozinha, é inofensiva, mas ativa o sistema imunológico para que ele produza anticorpos.
Diferentemente das vacinas que utilizam pedaços de vírus, nessa tecnologia não é necessário criar os patógenos em laboratório, utilizando ovos de galinha, por exemplo, o que facilita a produção das doses.
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