Saúde
Brasil tem mais de 2 mil mortes por coronavírus, 217 nas últimas 24h
Novo balanço do Ministério da Saúde aponta mais de 33 mil casos de covid-19 no país
Aumentou para 2.141 o número de mortes por coronavírus no Brasill, segundo balanço do Ministério da Saúde nesta sexta-feira 17. É a primeira vez que a pasta divulga um índice superior a 2 mil óbitos. São mais 217 falecimentos em relação ao número registrado no dia anterior, quando o Ministério contabilizou 1.924 vítimas fatais.
O país precisou de apenas sete dias para dobrar o número de mortes. Em 10 de abril, o Ministério anunciava que o Brasil havia passado de mil óbitos.
A taxa de letalidade no Brasil é de 6,4%. São 33.682 mil casos de coronavírus identificados em todo o território. Há mortes e contaminados em todos os estados e no Distrito Federal.
São Paulo é o estado com maior número de mortes (928) e de casos (12.841). O governador João Doria (PSDB) prorrogou mais uma vez a quarentena no território paulista e estendeu o prazo até 10 de maio.
O Rio de Janeiro aparece na segunda posição, com 341 mortes e 4.349 casos de covid-19. O próprio governador Wilson Witzel (PSC) pegou o vírus.
Em terceira colocação, o Pernambuco apresenta 186 mortes e 2.006 casos de coronavírus. Em seguida, está o Ceará, com 149 óbitos e 2.684 infecções. O governo cearense já declarou colapso no sistema de saúde, com 100% de ocupação dos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTIs).
Na quinta posição, o Amazonas contabiliza 145 vítimas fatais e 1.809 casos de coronavírus. O prefeito da capital Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), também declarou colapso na cidade e culpou o presidente Jair Bolsonaro por ser “aliado do vírus”.
O Ministério da Saúde teve sua chefia trocada por Bolsonaro na quinta-feira 16. Após Luiz Henrique Mandetta dar o lugar para Nelson Teich, o presidente da República defendeu a reabertura do comércio e afirmou que quer redefinir o que são as atividades essenciais por meio de um projeto de lei.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
