Saúde

Brasil bate recorde de contágios diários de Covid, com 137.103 casos

Levando em consideração o ocorrido em outros países, o Brasil alcançará o pico da onda atual em fevereiro, apontam especialistas

Pessoas caminham nas ruas de São Paulo. Foto: Nelson Almeida/AFP Pessoas caminham nas ruas de São Paulo após reabertura - Foto: Nelson Almeida / AFP
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O Brasil registrou nesta terça-feira (18) 137.103 novos casos de Covid-19, um recorde nos dados oficiais desde o início da pandemia, em meio a uma onda impulsionada pela variante ômicron e as festas de fim de ano.

O recorde anterior tinha sido registrado em 23 de julho, quando foram contabilizados 115.228 casos. Nas últimas 24 horas, foram reportadas no país, de 213 milhões de habitantes, 351 mortes por covid-19.

O número de casos vive um aumento vertiginoso desde janeiro, após as festas de Natal e Ano Novo.

Em 31 de dezembro, a média móvel de casos diários era de apenas 8.000, dez vezes menos que a atual (83.000).

Para a epidemiologista Ethel Maciel, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), levando em consideração o ocorrido em outros países, “o Brasil alcançará o pico da onda atual em fevereiro”.

Mas tem o Carnaval e ainda não sabemos qual será o seu impacto”, alertou Maciel. Na maioria das capitais brasileiras, os blocos de rua foram cancelados, mas ainda reina uma incerteza em torno dos desfiles das escolas de samba no Rio de Janeiro.

Por se tratar de um ambiente mais controlado, como os estádios de futebol, as autoridades decidiram manter os desfiles no Sambódromo por enquanto, embora continuem avaliando a situação sanitária para tomar uma decisão final.

De acordo com Maciel, as próximas duas semanas “serão cruciais” para observar a evolução das hospitalizações.

Embora ainda não tenham aumentado na mesma magnitude das infecções, “a pressão sobre os serviços de saúde é muito grande e precisamos observar as próximas semanas”, disse a especialista.

Apesar do rápido avanço da variante ômicron, Maciel não acredita que o Brasil viverá uma onda tão mortal quanto a de um ano atrás, quando o país estava no início da vacinação.

O número de mortes, embora crescente, está longe dos 3.000 falecimentos diários registrados em meados de abril de 2021, o pior momento da pandemia no Brasil.

O país tem cerca de 70% de sua população vacinada com duas doses e começou nesta semana a imunizar crianças entre 5 e 11 anos.

Mais de 621.000 pessoas morreram de covid no Brasil desde o início da pandemia.

O Ministério da Saúde registrou 150.106 novos casos em 18 de setembro, mas trata-se de um pico isolado devido a dados represados.

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