Política

Bolsonaro causa aglomeração e panelaços em viagem a Porto Alegre

Aglomeração em frente ao Comando Militar do Sul tinha manifestantes sem máscaras e luvas; das janelas, os protestos contra o presidente

Presidente da República Jair Bolsonaro, durante Solenidade de transmissão do cargo de Comandante Militar do Sul. (Foto: Marcos Corrêa/PR)
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.Panelaços de críticos, clamor popular no meio da pandemia de apoiadores: Jair Bolsonaro recebeu ambas manifestações ao chegar na cidade de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, na tarde desta quinta-feira 30. O presidente desembarcou na cidade para participar da cerimônia de transmissão de cargo de comandante do Comando Militar do Sul (CMS).

Conforme o presidente se aproximava do local, os panelaços contrários a ele se intensificaram no centro da capital gaúcha, conforme mostrado no vídeo abaixo. Nas últimas semanas, os episódios foram frequentes em todo o Brasil toda vez que o Bolsonaro falava algo contra as medidas sanitárias para conter o coronavírus ou causava algum atrito político em meio a pandemia.

O estado do Rio Grande do Sul tem, atualmente, 1.368 casos confirmados de covid-19 e 50 mortes registradas pela doença. 470 das infecções estão na capital do estado.

Do lado contrário, os apoiadores resolveram comparecer pessoalmente no Comando, o que gerou uma aglomeração de pessoas em uma grade de acesso ao local da cerimônia. Gritando “mito”, muitos não usavam máscaras. Houve uma transmissão ao vivo pelas redes sociais do presidente, que foi até os apoiadores também sem luvas e sem máscaras.

Apesar de receber seus eleitores com apertos de mão, já dentro da cerimônia, Bolsonaro cumprimentou alguns militares com o cotovelo – maneira usualmente utilizada no momento da pandemia, já que as mãos podem ser levadas ao rosto e a outras superfícies, contaminando lugares -, como na foto abaixo com o comandante do Exército, Leal Pujol.

https://www.facebook.com/watch/live/?v=2588232087949113&ref=watch_permalink&_rdc=1&_rdr

(Foto: Marcos Corrêa/PR)

Nesta quinta, se encerra o prazo da Justiça para que o presidente apresente, por fim, os exames de seus testes para o coronavírus, os quais ele alega terem indicado negativo para a presença do Sars-Cov-19. A Advocacia-Geral da União recorreu da decisão e afirmou que, nos relatórios médicos enviados, há comprovação de que o presidente testou negativo.

“A AGU apresenta, na manifestação, relatório médico emitido em 18 de março de 2020 pela Coordenação de Saúde da Presidência da República, no qual é atestado que o presidente da República é monitorado pela respectiva equipe médica, encontrando-se assintomático, tendo, inclusive, realizado exame para detecção da Covid-19, nos dias 12 e 17 de março, com o referido exame dando não reagente (negativo).”

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