Política
Weintraub pediu prisão de ministros do STF, relata vídeo da reunião interministerial
A íntegra do vídeo da reunião não trouxe verdades apenas sobre Bolsonaro, aparentemente. Weintraub também teria xingado Corte
Para além das supostas confissões de que Bolsonaro queria intervir na Polícia Federal para proteger sua família, a gravação da reunião interministerial do dia 22 de abril, que foi analisada por promotores e advogados nesta terça-feira 22, também trouxe à tona ataques baixos de ministros de Estado às instituições democráticas.
O mais destacável teria sido o de Abraham Weintraub, ministro da Educação, que, segundo relato de fontes que assistiram à reunião, xingou e chegou a pedir a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal.
“Tem que mandar todo mundo para a cadeia, começando pelo STF”, alegou Weintraub. Antes, já tinha vazado para a imprensa que a reunião tinha sido repleta de xingamentos e acusações partindo especialmente do ministro, que é alinhado fortemente à ala mais ideológica do governo Bolsonaro.
A divulgação da íntegra do vídeo está condicionada à análise do ministro Celso de Mello, do STF, que já pediu uma perícia no material para averiguar se ele chegou a ser adulterado e para que se possa transcrevê-lo.
Jair Bolsonaro negou que tenha feito alguma alegação que possa comprometê-lo, e afirmou que ele estaria preocupado com a segurança da família – e não com envolvimento em investigações da Polícia Federal.
“Não tem a palavra ‘investigação’. A preocupação minha sempre foi, depois da facada, de forma bastante direcionada, para a segurança minha e da minha família. A segurança da minha família é uma coisa… não estou, nunca estive preocupado com a PF. A PF nunca investigou ninguém da minha família”, disse Bolsonaro, na tarde desta terça-feira 12, aos jornalistas que estavam no Palácio da Alvorada.
Na tarde desta terça-feira, a Polícia Federal colhe o depoimento de três ministros de Estado participantes do governo Bolsonaro – Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Augusto Heleno Ribeiro Pereira (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência) e Walter Souza Braga Netto (Casa Civil).
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