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Vitória de Lula é o melhor resultado para a democracia e para o planeta, diz editorial do Guardian

O tradicional jornal britânico ainda destaca os benefícios de um triunfo do petista no 1º turno da eleição

Lula e Jair Bolsonaro. Fotos: Ricardo Stuckert e Evaristo Sá/AFP
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O tradicional jornal britânico The Guardian publicou, nesta terça-feira 13, um editorial no qual afirma que uma vitória “clara e absoluta” de Lula (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL) “é o melhor resultado para a democracia brasileira e para o planeta”.

O veículo aponta que Bolsonaro demonstrou ser “um líder imprudente e incompetente e continua a ser uma ameaça à democracia e ao planeta – incitando aqueles que destroem a Floresta Amazônica”.

The Guardian também menciona a PEC Eleitoral, idealizada pelo governo Bolsonaro e aprovada pelo Congresso, a criar e turbinar benefícios sociais apenas até o fim deste ano, com o objetivo de conferir uma sobrevida à campanha do ex-capitão.

O negacionismo de Bolsonaro ao longo da pandemia também compõe a análise do jornal. The Guardian ainda cita as suspeitas ligadas à compra de imóveis em dinheiro vivo pelo clã Bolsonaro.

No fim de agosto, uma reportagem do UOL revelou que metade dos imóveis do presidente e de seus familiares foi adquirida em espécie. Ao todo, giraram pelas mãos do clã desde 1990 mais de 25 milhões de reais – considerada a inflação no período –  usados para comprar terrenos e casas.

Segundo o jornal, opositores de Bolsonaro temem não apenas a violência ao longo da campanha, mas uma eventual manobra do presidente para tentar se manter no poder mesmo em caso de derrota nas urnas, aos moldes do que fez Donald Trump nos Estados Unidos. Isso inclui, diz o veículo, uma estratégia de buscar apoio nas Forças Armadas, o que assusta em um País que sofreu com uma ditadura militar.

“Há uma preocupação real de que ele possa encontrar apoio significativo nas Forças Armadas”, prossegue o diário. “Uma vitória clara e absoluta de Lula, preferencialmente no primeiro turno, mas mais provável no segundo, é o melhor resultado para a democracia brasileira e para o planeta. Outros países devem deixar claro que não tolerarão qualquer tentativa de Bolsonaro de trapacear, intimidar ou ameaçar para chegar a um segundo mandato.”

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