Política
Um em cada três eleitores de Bolsonaro o considera ‘pior do que o esperado’
Entre a população geral, revela a pesquisa Genial/Quaest a insatisfação é ainda maior: 55% se surpreenderam negativamente com o ex-capitão


A primeira pesquisa eleitoral de 2022, divulgada nesta quarta-feira 12, mediu também o nível de satisfação da população com o atual governo de Jair Bolsonaro (PL). De acordo com o levantamento da Genial/Quaest, a gestão do ex-capitão é ‘pior do que o esperado’ para 36% dos seus eleitores no 2º turno em 2018.
Segundo a pesquisa, a insatisfação é ainda maior entre a população geral, em que 55% marcaram a opção para se referir ao governo do ex-capitão. Entre a população geral, só 15% dos entrevistados disseram ter se surpreendido positivamente com o mandato de Bolsonaro. O grupo sobe um pouco entre os eleitores do presidente em 2018, chegando a 29%.
Ainda nos níveis de satisfação com Bolsonaro, a Genial/Quaest também questionou os brasileiros sobre a aprovação ou não das ações do governo em temas específicos. Para 58% da população, por exemplo, Bolsonaro não está lidando bem com o combate à corrupção no País. Só 36% aprovam as ações do presidente sobre o tema.
Já quando o assunto é o enfrentamento da pandemia, Bolsonaro tem um desempenho ainda pior, chegando a 63% de reprovação nas suas ações, o mesmo percentual de reprovação aparece no tema geração de novos empregos.
A redução da violência e da criminalidade, principais bandeiras do ex-capitão em 2018, não garante qualquer melhora nos níveis de satisfação da população. Ao todo, 61% dos entrevistados desaprovam as ações do atual governo nesta área. O mesmo percentual também avalia negativamente as ações tomadas pela atual gestão para conter queimadas na Amazônia.
Na inflação, que bateu recorde negativo nesta terça-feira 11, chegando a 10,06% em apenas um ano, Bolsonaro tem a sua pior avaliação. Para 80% dos entrevistados, o presidente não sabe resolver o problema.
Para chegar aos resultados, a pesquisa ouviu 2 mil pessoas entre os dias 6 e 9 de janeiro. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
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